Olha, vou te contar como foi essa minha jornada com as técnicas de handebol. Não comecei novinho, não. Já tinha passado da idade de escolinha, sabe? Mas sempre curti assistir aos jogos, aquela correria, os gols… Daí um dia pensei: “Por que não tentar?”.
No começo, foi aquela coisa. Peguei a bola, tentei quicar. Parecia que a bola tinha vida própria, ia pra tudo quanto é lado, menos pra onde eu queria. Arremessar então? Nossa senhora. A bola ia parar na arquibancada, no teto, menos no gol. Meus amigos até riam, mas na camaradagem, claro.
Primeiros Passos: O Básico do Básico
Decidi que precisava levar a sério, pelo menos pra não passar vergonha. Comecei do zero mesmo. Fui pra quadra sozinho umas vezes.
Primeira coisa: controle de bola. Fiquei lá, quicando a bola, parado, depois andando, depois correndo de leve. Sentindo o peso dela, o jeito que ela voltava pra minha mão. Foi chato pra caramba no começo, confesso. Mas não tinha jeito, era o alicerce.
Depois, os passes. Ah, os passes… Tentei o passe de ombro, aquele mais comum. Minha mira era péssima. Acertava a parede, a grade, qualquer coisa. Comecei a treinar com um alvo na parede. Marcava um X com fita crepe e ficava lá, tentando acertar. Hora acertava, hora errava feio.
Avançando um Pouco: Arremesso e Fintas
Quando senti que já não deixava a bola escapar tanto e meus passes estavam menos desastrosos, comecei a focar no arremesso. Isso sim era um desafio. Vi uns vídeos, tentei imitar.

- Primeiro, o arremesso em suspensão. Pular e jogar. No início, eu pulava e a bola saía sem força nenhuma, ou então eu jogava a bola antes de pular direito. Uma confusão.
- Depois, tentei o arremesso apoiado. Parado, com os pés no chão. Aí a força melhorava, mas a precisão… continuava um problema.
- Aí veio a ideia de treinar fintas. Coisa simples, sabe? Fingir que ia pra um lado e ir pro outro, quicando a bola. Ou fingir o arremesso. Me senti meio bobo no começo, treinando sozinho, mas percebi que isso era crucial pra enganar o marcador (imaginário, no caso).
A Prática Leva à… Melhora (Não Perfeição!)
Não vou mentir, não virei nenhum jogador profissional. Longe disso. Mas a diferença de quando comecei pra agora é gritante. Comecei a juntar com uma turma pra jogar umas peladas nos fins de semana. E aí que vi o resultado.
O que eu percebi:
- Meu controle de bola melhorou. Já não fico mais tão apavorado quando recebo a bola sob pressão.
- Meus passes chegam mais perto do alvo. Ainda erro, claro, mas a frequência diminuiu muito.
- Consigo fazer uns arremessos que antes eram impensáveis. Até saiu um gol ou outro que me deixou orgulhoso.
- Comecei a entender melhor o jogo, a movimentação. Antes eu só corria atrás da bola. Agora tento pensar um pouquinho mais.
Foi um processo longo, de ir pra quadra mesmo sem vontade às vezes, de repetir os movimentos até cansar. Mas valeu a pena. Aquela sensação de conseguir fazer um movimento que antes parecia impossível, de sentir a bola “obedecer” um pouco mais… isso não tem preço. É continuar praticando, né? Porque no handebol, como em muita coisa, a gente nunca para de aprender.