Olha, vou te ser sincero, pegar numa raquete e sair batendo na bolinha é uma coisa. Agora, entender as regras do tênis de verdade, pra valer mesmo, aí a história muda um pouco. Eu comecei assim, sabe? Meio na brincadeira, chamava uns amigos no fim de semana, alugava uma quadra aqui perto e a gente ia lá mais pra suar e dar umas risadas do que pra jogar sério.
Só que aí começou a complicar. Toda hora era uma discussão boba. A bola foi dentro ou fora? De quem era o ponto? E a contagem? Ah, a contagem… Era um tal de “quanto tá?”, “acho que é 30 a 15 pra mim”, “não, você sacou e errou, então é 15 iguais”. Uma confusão danada. Ninguém sabia direito como funcionava o 15, 30, 40, e depois o tal do iguais (que o pessoal chique chama de ‘deuce’) e a vantagem. Chegou uma hora que cansei dessa bagunça e decidi: preciso aprender isso direito, nem que seja pra parar de brigar por ponto e poder jogar um pouquinho melhor.
Minha jornada pra entender o básico
Então, o que eu fiz? Comecei do começo mesmo. Fui atrás de entender como o jogo iniciava. Saque. Beleza, isso eu sabia. Mas aí já tem detalhe: tem que sacar na diagonal, dentro da área de serviço do outro lado. Se errar o primeiro saque, tem uma segunda chance. Se errar os dois, aí já era, ponto pro adversário. Isso foi até tranquilo de pegar, a gente já fazia mais ou menos certo.
Depois, foquei na bendita contagem de pontos. Por que raios não é 1, 2, 3, 4? Não, tinha que ser 15, 30, 40. Fui dar uma olhada e vi umas explicações históricas, mas sinceramente? Não me ajudou muito na prática. O negócio foi decorar mesmo. 15 pro primeiro ponto, 30 pro segundo, 40 pro terceiro. O que me dava um nó na cabeça era o 40-40, o ‘iguais’. Aí tem que ganhar dois pontos seguidos pra fechar o game. Ganha um, fica em ‘vantagem’. Perde o ponto seguinte, volta pro ‘iguais’. E fica nesse vai e vem até alguém conseguir os dois pontos. Haja paciência!
Os detalhes que faziam a diferença
Aprendi também sobre o ‘let’. Aquela situação chata quando você saca, a bola raspa na rede, mas mesmo assim cai dentro da área de saque correta. Nesse caso, não vale nada, tem que sacar de novo. A gente simplesmente ignorava isso antes! Se a bola passasse, era ponto ou erro, dependendo de onde caísse. Tive que me policiar bastante pra lembrar de repetir o saque nessas situações.
Outra coisa que a gente fazia totalmente errado era a troca de lado na quadra. A gente trocava quando dava vontade, ou quando um lado estava muito sol. Fui descobrir que tem regra pra isso também! Acontece depois do primeiro game do set, e depois a cada dois games subsequentes (tipo no 3º game, 5º game, 7º game, e por aí vai). Faz sentido, né? Pra equilibrar as condições pra todo mundo.
- Saque: Acertei o primeiro saque ou preciso do segundo? A bola tem que cruzar a rede e cair na área certa.
- Pontuação: 15, 30, 40, game. Se empatar em 40-40 (iguais/deuce), precisa de vantagem e mais um ponto.
- Let no saque: Bola tocou na rede mas caiu na área? Repete o saque.
- Troca de lado: Depois do 1º game, e a cada dois games depois disso.
O famoso Tie-Break
Ah, e o tie-break! Esse foi quase um curso à parte. Acontece quando o set empata em 6 games a 6. Pra decidir logo, criaram esse game especial. A contagem muda! Vira 1, 2, 3… até alguém chegar em 7 pontos, mas tem que ter pelo menos dois pontos de vantagem sobre o outro. Se ficar 7-6, o jogo continua até alguém abrir dois pontos (tipo 8-6, 9-7). E o saque também é diferente, troca de jogador com mais frequência. No começo, eu ficava perdidinho, sem saber quem sacava e de que lado. Mas vendo uns jogos na TV e praticando, comecei a pegar o jeito.
Enfim, essa foi minha saga pra entender um pouco melhor as regras do tênis. Não virei expert, continuo sendo um jogador bem amador. Mas agora, pelo menos, sei o que está acontecendo. Consigo jogar uma partida com os amigos sem aquela tensão de não saber as regras básicas. E olha, o jogo fica bem mais interessante quando você entende a lógica por trás. Deixou de ser só rebater a bolinha, passei a pensar um pouco mais. Foi um processo chatinho no começo, admito, mas valeu a pena o esforço.