Então, hoje a missão era meio pé no chão, sabe? Tinha essa tarefa na cabeça, organizar umas coisas aqui, especificamente mexer com 19 caixas que precisavam de um trato. Dentro de cada uma, a ideia era separar em 5 montinhos, tipos diferentes de miudeza que estavam jogadas.

Peguei a primeira caixa. Abri, espalhei na mesa. Separei lá: parafuso pra um lado, prego pro outro, porca, arruela e uns conectores. Cinco grupos. Beleza, fácil. Fechei a caixa, etiquetei na raça mesmo, canetão e fita crepe.
Fui pra segunda, terceira… Na quinta ou sexta caixa, a coisa começou a mudar. Uma tinha um monte de coisa misturada que nem dava pra fazer 5 grupos certinhos. Outra, faltava item, não completava os 5 tipos que eu tinha pensado. Aquela coisa, né? Na teoria, 19 vezes 5 é 95, tudo redondinho. Mas na hora de botar a mão na massa…
Aí complica um pouco
Tive que dar uma parada. Peguei umas caixas vazias que eu tinha guardadas. Comecei a remanejar. O que sobrava de uma, jogava na outra pra tentar completar. O que faltava, anotava pra depois ver se achava em outro lugar. Aquele plano inicial de só separar rapidinho já tinha ido pro espaço.
É curioso como uma tarefa que parece matemática simples, 19 x 5, vira um negócio mais chato na prática. Lembrei do meu antigo trampo, que era a mesma coisa. A gente planejava um projeto, tudo bonitinho no papel, prazo, etapa por etapa. Chegava na hora de fazer, aparecia cada coisa… Era um tal de adapta, improvisa, muda o plano.
No final das contas, levei mais tempo do que eu imaginava. As 19 caixas? Foram organizadas. Os 5 tipos principais de coisa? Consegui separar na maioria. Algumas ficaram com mais variedade, outras com menos. Mas o importante é que a bagunça diminuiu. Não deu os 95 montinhos perfeitos que a matemática prometia, mas ficou funcional, que era o objetivo.

Fica a experiência: número no papel é uma coisa, a vida real é outra. Tem que ter o plano, sim, mas tem que ter jogo de cintura pra quando a conta não fecha certinho.