Bom dia, pessoal! Hoje eu resolvi compartilhar um pouco da minha experiência recente com um projeto que me tomou bastante tempo e suor, mas valeu cada segundo: mexer no meu Monza 84.

Tudo começou quando decidi tirar ele da garagem depois de um bom tempo parado. Tava lá, coitado, juntando poeira. A primeira coisa que fiz foi dar uma olhada geral, ver o estado da lata, dos pneus. A pintura, claro, já não era mais a mesma, mas a estrutura ainda estava boa, o que me animou.
Primeiros Passos e Limpeza
A primeira tarefa foi óbvia: limpeza. Tirei um monte de tranqueira de dentro, dei uma aspirada geral nos bancos, que por sorte ainda são os originais e estavam em estado razoável. Lavei por fora com cuidado, pra tirar aquela crosta de sujeira antiga. Foi bom ver a cor dele de novo, mesmo que gasta.
Depois parti pra parte de baixo do capô. Abri e vi aquele motorzão lá, quieto. Tinha bastante poeira e algumas teias de aranha. Peguei um pincel, um pano úmido e comecei a limpar com calma, pra poder enxergar melhor as peças, as mangueiras, os fios.
Mecânica Básica: Mãos à Obra
Com tudo mais visível, comecei a verificar os itens básicos.
- Óleo do motor: Baixei a vareta e vi que o óleo tava velho, bem escuro. Decidi trocar logo de cara, junto com o filtro.
- Água do radiador: O nível estava baixo e a cor não era das melhores. Drenei o sistema todo, dei uma lavada no reservatório e coloquei água nova com aditivo.
- Fluidos de freio e direção: Verifiquei os níveis, completei o que precisava.
- Bateria: Essa já era. Tive que comprar uma nova, não teve jeito. Coloquei a bateria nova no lugar, limpei os terminais e apertei bem.
Com a parte de fluidos e bateria resolvida, fui dar uma olhada na alimentação. O carburador, um clássico Brosol, estava com aquela aparência de quem não via gasolina há tempos. Tirei ele fora com cuidado, desmontei peça por peça na bancada. Limpei tudo com produto específico, troquei as juntas, verifiquei as agulhas. Deu um trabalhinho, mas ficou zero de novo. Montei tudo de volta no lugar.

Verifiquei as mangueiras de combustível, procurando por ressecamento ou rachaduras. Troquei algumas que pareciam suspeitas pra evitar dor de cabeça depois.
A Hora da Verdade
Chegou o momento mais esperado. Conferi tudo de novo, dei umas bombadas no acelerador pra injetar gasolina no carburador e virei a chave. Na primeira tentativa, nada. O motor de arranque virou pesado, mas o motor não pegou. Normal, depois de tanto tempo parado.
Insisti mais um pouco. Verifiquei se chegava faísca nas velas. Tirei uma vela, conectei no cabo e encostei na carcaça do motor enquanto alguém dava a partida. Tinha faísca! Boa notícia. As velas pareciam gastas, então aproveitei e troquei o jogo todo. Olhei também o distribuidor, limpei os contatos da tampa e do rotor.
Com velas novas e tudo limpo, tentei de novo. Dei a partida e… depois de umas tossidas, o motor pegou! Aquela fumaça branca saiu pelo escapamento, normal de motor frio e parado há tempos, mas o ronco estava ali. Deixei ele esquentando em marcha lenta, monitorando a temperatura e procurando por vazamentos. Que satisfação ouvir aquele motor 1.8 funcionando redondinho de novo!
Considerações Finais
Foi um processo longo, precisei de paciência e algumas idas à loja de autopeças. Mas ver o Monza 84 funcionando de novo, por minhas próprias mãos, foi muito gratificante. Claro que ainda tem muita coisa pra fazer, como a suspensão que precisa de atenção e a parte estética, mas o coração voltou a bater. E é isso que importa por agora. Foi um belo jeito de relembrar os velhos tempos e colocar a mão na massa.
