Olha, vou te falar uma coisa que aprendi na marra. Essa história de “insista, persista e não desista” nem sempre é o melhor caminho. Pra mim, aprender a hora de parar foi uma das lições mais valiosas, de verdade.
Eu tava metido num projeto pessoal há uns tempos. Coloquei uma grana que não podia, virei noite, fim de semana era luxo. A ideia parecia boa no papel, sabe? Mas na prática, era só pepino. Cliente reclamando, custo estourando, prazo indo pro espaço.
No começo, aquela teimosia. “Não, eu vou fazer dar certo”. Amigo falava pra ter calma, família dava força. Mas no fundo, eu sentia que tava empurrando pedra morro acima. Cada passo pra frente eram dois pra trás. O negócio simplesmente não engrenava, não importava o quanto eu me esforçasse.
Aquele momento que a ficha cai
Um dia, depois de mais uma noite mal dormida pensando em como resolver um incêndio, olhei minhas contas. O rombo já tava feio. Olhei pra minha cara no espelho, acabado. Pensei no tempo perdido, na saúde que tava indo pro ralo junto com o dinheiro.
Foi aí que decidi. Chega. Não dava mais pra continuar me enganando. O “stop” tinha que ser acionado, e era pra ontem.
Apertar o botão de “parar” foi osso. Confesso. Desmontar tudo, avisar quem precisava, encarar o prejuízo… Parecia que eu tava assinando um atestado de incompetência. Deu vontade de chorar, de chutar o balde.
Mas, cara… depois que a poeira baixou, veio um alívio que eu nem sei explicar. Uma paz. Comecei a dormir melhor. A cabeça clareou. Percebi que tinha outras coisas pra fazer, outras ideias pra explorar, e o principal: tinha recuperado meu tempo e minha sanidade.
Parar aquele projeto não foi fracasso. Foi estratégia. Foi inteligência pra não afundar mais ainda. Foi entender que nem toda batalha vale a pena ser lutada até o fim.
Por isso, hoje, eu bato no peito: eu acredito em stop. Acredito em saber a hora de sair fora. Seja num investimento furado, num trabalho que te consome, numa situação que não te leva a lugar nenhum.
- Isso te salva de perder mais.
- Libera sua energia pra coisa melhor.
- Te dá a chance de recomeçar diferente.
Não é vergonha parar. Vergonha é continuar insistindo no erro, se afundando por puro orgulho ou teimosia. Aprender a definir seu limite, seu ponto de parada, é fundamental. Pra mim, fez toda a diferença.