Ah, Pequim 2008… Que época pra acompanhar vôlei, viu? Eu me lembro bem de como foi essa jornada acompanhando a seleção masculina. A gente já vinha naquela expectativa, né? Depois do ouro em Atenas, todo mundo esperava mais uma medalha dourada. Eu me organizei todo pra não perder os jogos importantes.

Primeiro, arrumei meus horários. Madrugada adentro muitas vezes, por causa do fuso horário lá da China. Preparava o café, ligava a TV baixinho pra não acordar ninguém em casa. A fase de grupos, eu assisti quase tudo. Lembro de vibrar com cada ponto, cada bloqueio do Gustavo, cada ataque do Giba e do Dante. Eles estavam voando!
A Fase de Grupos e o Mata-Mata
Teve jogo que foi mais tranquilo, outros mais na raça. Mas o time mostrava força. Eu ficava grudado na tela. Tinha um caderninho do lado, anotava uns placares, quem se destacou… mania minha, sabe? Pra poder comentar depois com os amigos no trabalho. A gente passava o dia falando disso.
- Lembro da vitória sobre a Sérvia.
- O jogo contra a Rússia foi tenso, como sempre.
- Contra a Alemanha e Egito, a gente passou bem.
- Aí teve a Polônia também, outro jogo pegado.
Passando a fase de grupos, aí o coração começou a bater mais forte. Era mata-mata! Nas quartas, pegamos a China. Ganhamos bem, lembro da tranquilidade que senti. Depois veio a semifinal contra a Itália. Nossa Senhora! Que jogo difícil! Foi um 3 a 1 suado, cada ponto era uma batalha. Eu andava de um lado pro outro na sala, não conseguia ficar sentado.
A Grande Final e a Prata
E aí, chegou a final. Contra os Estados Unidos. A gente tava confiante, mas eles também tinham um timaço, né? Liderados pelo Lloy Ball, Clayton Stanley… caras experientes. Foi um jogo muito disputado. O Brasil começou bem, ganhou o primeiro set. Eu já tava sonhando com o bicampeonato olímpico.

Mas aí, o jogo virou. Os americanos cresceram, sacaram muito bem, complicaram nossa recepção. Lembro do nosso time lutando, o Bernardinho na beira da quadra tentando de tudo. Mas não deu. Perdemos por 3 sets a 1. Foi doído, confesso. Aquela sensação de “quase”…
O que Ficou
No fim das contas, foi uma prata. Uma medalha olímpica é sempre uma conquista enorme, claro. Mas ficou aquele gostinho amargo de que o ouro era possível. Mesmo assim, foi uma jornada emocionante de acompanhar. Ver a garra daqueles caras, a união do time… isso marcou. Foi mais uma daquelas Olimpíadas que a gente guarda na memória, com os jogos na madrugada, a torcida reunida e a paixão pelo nosso vôlei.