Olha, vou te contar uma coisa que me deu na telha esses dias. Sabe quando um nome surge e te leva pra uma viagem no tempo? Pois é, foi o que rolou comigo pensando no João Paulo II.
Tudo começou quando eu tava arrumando umas caixas velhas aqui em casa, coisa que a gente só faz quando não tem mais pra onde fugir, né? No meio da bagunça, achei uma foto amarelada, daquelas de máquina antiga, da época que ele visitou o Brasil, acho que foi na minha cidade mesmo, ou perto. Eu era moleque, nem lembro direito, mas a foto tava lá.
A caçada pela memória
Aí bateu aquela curiosidade, sabe? Me deu vontade de procurar mais sobre aquele dia específico. Não as coisas que todo mundo sabe, os discursos famosos, as fotos oficiais. Eu queria achar algo diferente, talvez um vídeo caseiro, uma foto de alguém da minha rua, sei lá.
- Primeiro passo: Internet, claro. Joguei no buscador, vasculhei uns sites. Apareceu muita coisa, mas tudo muito repetido, muito formal.
- Segundo passo: Falei com a família. Minha mãe lembrou da muvuca, meu tio disse que tentou chegar perto mas não conseguiu. Cada um com uma memória picada.
- Terceiro passo: Pensei “vou fuçar em grupos de bairro, fóruns antigos”. Que nada! Só achei discussão de política e receita de bolo.
Nessa busca, o mais perto que cheguei foi achar uns vídeos no YouTube, mas a imagem parecia gravada com uma Tekpix, toda tremida, o som horrível. E os comentários? Nossa, cada coisa aleatória que nem te conto. Parecia que o pessoal nem tinha assistido o vídeo.
O que ficou disso tudo
No fim das contas, a tal imagem específica que eu cismei que existia, ou a gravação perdida, não apareceram. Talvez nem exista mesmo, talvez seja coisa da minha cabeça, uma memória inventada.
Mas quer saber? Mesmo sem achar o “tesouro perdido”, valeu a pena. Remexer nas coisas velhas, conversar com o pessoal mais velho, lembrar de um tempo diferente. Foi uma tarde meio nostálgica, meio detetive fajuto.
É engraçado como certas figuras, certos eventos, ficam marcados na gente, mesmo que de um jeito meio torto, meio incompleto. Acaba virando parte da nossa história pessoal, mesmo sem a gente planejar.