Hoje eu acordei meio pra baixo, sabe? Com aquela sensação esquisita de que faltava alguma coisa. Não era nada específico, não era como se eu tivesse esquecido de fazer algo importante ou perdido alguma coisa. Era uma sensação mais profunda, um vazio, como se algo estivesse fora do lugar na minha vida, mas eu não conseguia identificar o que era.

Comecei meu dia normalmente, tomando meu café e me preparando para o trabalho. No caminho, tentei me distrair com música, mas a sensação persistia. No trabalho, me forcei a focar nas minhas tarefas, mergulhando de cabeça nos projetos para tentar afastar aquele sentimento incômodo. Até que funcionou por um tempo.
Durante o almoço, conversei com um colega sobre coisas triviais, mas minha mente ficava voltando para aquela sensação de vazio. Decidi que precisava fazer alguma coisa a respeito, não dava para simplesmente ignorar. Então, quando o expediente acabou, em vez de ir direto para casa, resolvi dar uma volta no parque. A ideia era clarear a mente, respirar um pouco de ar fresco e ver se conseguia entender o que estava acontecendo comigo.
Caminhei sem rumo por um tempo, observando as pessoas, as árvores, os pássaros. Parei em um banco e fiquei ali, só sentindo a brisa e pensando na vida. Foi aí que me veio um estalo! Percebi que, nos últimos meses, eu estava tão focado em trabalhar e cumprir minhas obrigações que tinha me esquecido de fazer as coisas que realmente me davam prazer.
Eu estava sentindo falta de me conectar comigo mesmo, de fazer as coisas que alimentavam minha alma. Percebi que precisava tirar um tempo para mim, para fazer as coisas que eu gosto, nem que fosse só um pouquinho por dia.
- Voltar a ler um livro antes de dormir.
- Assistir a um filme que eu estivesse com vontade, sem me preocupar com o tempo.
- Sair para caminhar sem pressa, só apreciando a paisagem.
- Cozinhar algo gostoso, mesmo que desse um pouco de trabalho.
- Ficar um tempo em silêncio, só curtindo minha própria companhia.
Com essa nova perspectiva, voltei para casa com um ânimo diferente. Não era como se o vazio tivesse desaparecido completamente, mas agora eu sabia por onde começar a preenchê-lo. Preparei um jantar simples, coloquei uma música que eu gostava e depois sentei no sofá com um livro. Pela primeira vez no dia, me senti em paz.

No fim das contas, percebi que aquela sensação de que algo estava faltando era, na verdade, um lembrete do meu próprio corpo e mente de que eu precisava cuidar de mim. É fácil se perder na correria do dia a dia e esquecer das coisas que realmente importam. Às vezes, tudo o que a gente precisa é de uma pausa para se reconectar consigo mesmo e lembrar do que realmente nos faz feliz.