Então, esses dias eu tava dando uma geral aqui em casa, sabe? Aquela arrumação que a gente sempre adia. Fui mexer numa caixa velha, cheia de tralha, lá no fundo do armário.

Aí, cara, o que eu acho? Um monte de cartinha de Yu-Gi-Oh! da época de moleque. Nossa, bateu uma nostalgia na hora. Lembrei de quando a gente passava o recreio trocando carta, jogando no chão da escola mesmo.
Revirando o passado
Peguei aquele bolo de cartas, tudo meio misturado, umas até com a pontinha amassada. Sentei no chão e comecei a separar. Tinha de tudo um pouco:
- Monstros normais, aqueles amarelinhos.
- Uns monstros de efeito, que eu nem lembrava mais o que faziam.
- Cartas mágicas e de armadilha, um monte delas.
- E umas poucas brilhantes, sabe? Aquelas holográficas que eram o tesouro da galera.
Fiquei olhando uma por uma. Lembrei de umas batalhas, de uns amigos que eu nem tenho mais contato. Tinha carta ali que eu nem lembrava que tinha conseguido. Engraçado como a gente guardava essas coisas com tanto carinho, né?
Passei um tempão ali, vendo os desenhos, os nomes esquisitos dos monstros. Tinha Mago Negro, Dragão Branco de Olhos Azuis… os clássicos, claro. Mas tinha muito card aleatório também, daqueles que vinham em pacotinho e a gente nunca usava direito.
E agora, o que fazer?
Depois de separar tudo mais ou menos, fiquei pensando: o que eu faço com isso tudo agora? Será que vale alguma grana? Dei uma pesquisada rápida na internet, mas, puts, era tanta versão, tanta edição diferente… Muita coisa pra entender, achei complicado demais pra quem só queria dar uma olhada.

Vi que tem gente que coleciona sério, que paga caro por umas cartas específicas. Mas as minhas, sei lá, a maioria tava bem usada, eram mais comuns. Não parecia ter nada muito raro ali no meio, pelo menos não que eu identificasse de cara.
No fim das contas, acabei juntando tudo de novo. Separei as mais brilhosas e as que eu mais gostava num montinho menor. O resto, coloquei de volta na caixa, mas de um jeito mais organizado.
Não vou vender, não vou jogar fora. Deixei guardado. Quem sabe um dia eu mostro pro meu filho, se eu tiver um, ou só pra pegar e relembrar de novo daqui uns anos. Foi legal achar, deu pra matar um pouco a saudade daquele tempo. Mas deu um trabalho limpar a poeira depois, isso deu!