Minha saga com o tal do ‘messi kru’
Então, essa história de ‘messi kru’, na real, começou meio torta pra mim. Não era nenhum projeto sério, nem nada. Era mais uma pira minha, sabe? Tentar entender o Messi ‘cru’, a essência do movimento dele, aquela coisa que parece que nasceu com ele.

Eu tava numa fase meio parada em casa, sem muita coisa pra fazer, grana curta. Aí comecei a cismar com isso. Peguei uns vídeos antigos do Messi, lá do começo. A ideia era tentar… sei lá, decifrar o ‘código’ do drible dele. Parecia simples vendo na TV, né? Só que não.
Comecei na raça mesmo:
- Fiquei horas vendo e revendo lances, frame a frame.
- Tentei rabiscar no papel, tipo uns storyboards toscos, pra pegar a sequência dos movimentos.
- Até tentei usar um programinha grátis de animação 2D que achei, mas era um parto. Trava toda hora, e o resultado ficava parecendo um boneco de posto desgovernado. Nada a ver com a fluidez do cara.
O problema é que eu queria pegar o ‘cru’, o instinto puro. Mas como é que você coloca isso num programa ou num desenho? O cara pensa com o pé, sei lá. A mudança de direção, o controle de bola colado… é coisa de outro mundo. Eu só tinha ferramenta básica e boa vontade, que nem o pessoal que tenta fazer tudo com uma linguagem só e acaba numa gambiarra danada.
Lembro que virei noite nisso. Minha esposa já tava achando que eu tinha pirado de vez. Gastei um tempo que podia tá procurando trampo, mas tava lá, hipnotizado, tentando replicar o impossível com uns rabiscos e um software que mal rodava no meu PC velho.
Aí veio o estalo, ou melhor, o cansaço.

Um dia, depois de falhar miseravelmente em fazer um esboço minimamente decente do tornozelo mágico dele, eu larguei mão. Olhei pra tela, pro monte de papel amassado. Senti um troço meio besta, sabe? Percebi que tava tentando encaixotar uma genialidade bruta, ‘crua’, numa planilha ou numa animaçãozinha fajuta. Não ia rolar.
Aquela pira toda com o ‘messi kru’ serviu pra me dar um choque de realidade. Tem coisa que não dá pra desmontar e montar de novo. Tem talento que é simplesmente… bruto. Cru. Você admira, aplaude, mas replicar? Esquece. Pelo menos não com as minhas ferramentas e meu tempo livre na época.
No fim, voltei a procurar emprego, a vida seguiu. Mas toda vez que vejo o Messi jogar, lembro da minha tentativa tosca. Não capturei o ‘messi kru’, mas entendi um pouco mais sobre a distância entre a gente e os gênios. E sobre como é fácil se perder numa obsessão quando a gente tá meio perdido na vida.