Então, galera, esses dias me peguei pensando sobre vôlei de praia, sabe? A gente vê na TV, aquela coisa organizada da CBV, os atletas profissionais, tudo bonito. Deu até uma vontade de ir na praia dar uns tapas na bola, relembrar os velhos tempos.

Mas aí me veio uma lembrança de outra coisa, nada a ver com vôlei, mas que me fez pensar em como essas coisas funcionam por trás das cortinas. Foi quando tentei organizar um simples churrasco de rua aqui no bairro, uns anos atrás. Pô, a ideia era simples: cada um trazia um pouco de carne, bebida, a gente fechava a rua (uma rua sem saída, tranquilinha) por uma tarde de sábado, botava um som e pronto.
A Saga do Churrasco de Rua
Cara, que trabalheira! Primeiro, fui na prefeitura pra ver se precisava de autorização pra fechar a rua. Me mandaram pra um setor, depois pra outro, pediram um abaixo-assinado dos vizinhos. Beleza, corri atrás disso. Consegui as assinaturas, voltei lá. Aí disseram que precisava de um “plano de segurança”. Plano de segurança pra um churrasco?
- Tinha que detalhar quem ia ficar “responsável”.
- Precisava indicar onde ficariam os “extintores” (nunca tivemos extintor pra churrasco antes!).
- Queriam saber o “nível de ruído” previsto.
Olha, eu só queria assar uma linguiça com os amigos! Fiquei umas duas semanas nessa luta. Um vizinho, o seu Antenor, que já era mais velho, só ria. Ele dizia: “Meu filho, pra fazer qualquer coisinha organizada nesse país, você tem que suar mais do que no dia do evento.”
No fim, a gente desistiu da rua. Fizemos o churrasco na laje do meu prédio mesmo. Foi legal, mas não era a mesma coisa que a ideia original de confraternizar na rua, todo mundo junto.
Voltando ao Vôlei…
Aí eu penso de novo no vôlei de praia da CBV. A gente só vê o jogo rolando, a galera vibrando. Mas imagina o trampo que deve ser organizar aquilo tudo? Montar a arena na areia, conseguir patrocínio, lidar com inscrição de atleta, segurança, transmissão pra TV… Nossa senhora!

Depois da minha ‘epopeia’ com o churrasco de rua, comecei a dar mais valor pra quem consegue botar de pé esses eventos grandes. Sério mesmo. Deve ser uma complicação danada, muito papel, muita gente pra conversar, muito detalhezinho chato que a gente nem imagina.
Sei lá, às vezes é melhor só pegar a bola, chamar uns três amigos e ir pra praia jogar por conta própria mesmo. Menos dor de cabeça, certeza. Mas que dá uma curiosidade de saber como funciona a máquina por trás, ah, isso dá.