Olha, vou te contar como foi minha história com essa coisa de atlética e esporte na faculdade. No começo, eu nem dava muita bola, achava que era só festa e bagunça, sabe? Mas aí começou aquele burburinho dos Jogos Universitários se aproximando, e a galera da minha atlética ficou toda alvoroçada.
A Decisão e os “Treinos”
Eu sempre gostei de jogar um futsal, nada sério, só pela resenha mesmo. Aí um veterano chegou em mim: “E aí, bixo, não quer jogar pela atlética nos Jogos? Falta gente!”. Fiquei meio assim, porque né, nunca tinha levado a sério. Mas pensei: “Ah, por que não?”. Pelo menos a viagem e as festas pareciam que iam valer a pena.
Aí começaram os “treinos”. Coloquei entre aspas porque era uma zona total. Marcavam na quadra da faculdade, mas metade do time faltava, a outra metade chegava atrasada. O “técnico” era um cara do último ano que gritava mais do que ensinava. Era mais fácil a gente organizar um churrasco do que uma jogada ensaiada. Sinceramente, acho que a gente mais conversou e bebeu depois dos treinos do que realmente treinou. Conseguimos uns uniformes na última hora, que ficaram meio apertados em alguns, meio largos em outros. Aquela coisa bem universitária.
A Viagem e a Chegada
Finalmente chegou o dia da viagem. O ônibus atrasou, óbvio. Quando chegou, já tava aquela muvuca, som alto, gente com cooler pra todo lado. A viagem em si foi uma festa à parte. Dormir? Impossível. Chegamos na cidade dos Jogos, um lugar que eu nunca tinha ouvido falar, e fomos direto pro nosso “alojamento”. Era uma escola pública adaptada. Colchão no chão da sala de aula, banheiro disputado. Mas na hora, ninguém liga muito pra isso, a vibe é outra.
Os Jogos e as Festas
Primeiro dia de jogo, nosso time de futsal tava escalado logo cedo. Chegamos na quadra morrendo de sono e, pra ser sincero, meio de ressaca da noite anterior no ônibus. Pegamos uma atlética de engenharia que parecia que treinava de verdade. Levamos uma surra, nem vi a cor da bola direito. Foi feio.
Mas o legal é que ninguém ficou remoendo muito a derrota. A gente tava ali pela experiência completa. Fomos ver outros jogos, torcer por outras modalidades da nossa atlética. Tinha vôlei, basquete, handebol. Vi uma galera se esforçando de verdade, mesmo com estrutura zero. É um espírito diferente, de representar seu curso, sua galera.
- Perdemos feio no futsal.
- Ganhamos no truco (valia mais?).
- Vimos o time de handebol feminino jogar muito!
- A bateria da nossa atlética fez um barulho danado na arquibancada.
E as festas à noite? Cara, aquilo sim era o evento principal pra muita gente. Geralmente open bar, com umas 10 atléticas diferentes misturadas. Era gente de todo canto, música alta, aquela integração (às vezes meio forçada, com provocações entre cursos, mas na maior parte do tempo era amigável). A gente voltava pro alojamento vendo o sol nascer, só o pó da rabiola.
A Volta pra Casa e o Que Ficou
No último dia, já não aguentava mais. Corpo moído, garganta seca de tanto gritar (e cantar nas festas), carteira vazia. A viagem de volta foi o oposto da ida: silêncio quase total, todo mundo capotado no ônibus.
Chegando de volta na minha cidade, a sensação era estranha. Um cansaço enorme, mas também uma satisfação diferente. Não ganhamos nada nos esportes, mas a experiência de estar lá com a galera, a bagunça, as histórias que surgiram… Isso aí valeu a pena. Aquela coisa de atlética, de Jogos, não é só sobre o esporte em si. É sobre criar laço, viver a faculdade de um jeito mais intenso, mesmo que seja na base da gambiarra e da festa.
No fim das contas, mesmo perdendo de lavada no futsal, eu faria de novo. Aquela semana foi um capítulo à parte na minha vida universitária. E sim, a atlética acabou sendo mais do que eu imaginava no começo.