Tudo começou quando um amigo me convenceu a visitar um condomínio com praia artificial. Cheguei lá todo animado pensando em água azul e areia fofa, mas a realidade foi diferente. Desembolsei R$15 mil só pra avaliar a proposta direito. Meti o dedo na areia pra testar – parecia cimento molhado! Meus filhos reclamaram que ardiam os olhos com o cloro.

Aí caiu a ficha dos gastos
- Água potável? Tinha que vir de caminhão pipa toda semana. Só isso R$600 mensais fixos!
- Piscinas paralelas? Chamaram de “ecossistema integrado”. Tradução: 3 piscinas separadas que dobram a manutenção
- Mudança na planta? Quiseram aumentar taxa de administração em 20% “por causa da tecnologia da areia”
Dei uma de detetive e rastreieis os custos reais:
Entrada inicial: R$ 250 mil
Taxa condominial mensal: pulou de R$850 pra R$1.300 em 3 meses
Reserva técnica anual: R$12 mil pra trocar areia “especial”
O balanço final que me fez desistir
Fiz as contas com café forte depois do almoço. Pra ter 10m² de “prainha” privada, ia pagar R$4.300/mês durante 15 anos. Minha mulher deu risada: “Amor, com essa grana tu me leva pra Fernando de Noronha todo ano e sobra dinheiro!”

No contrato final, descobri uma letrinha miúda falando que a praia só funcionaria se 70% dos moradores pagassem taxa extra. Quer dizer – poderia jogar quase meio milhão no lixo se os vizinhos desistissem depois. Cruzes!
Conclusão da jornalista do condomínio? “Vantagem exclusiva para investidores inteligentes”. Minha conclusão? Praia falsa é que nem videogame pirata – parece que tá funcionando até dar pau no meio da diversão.