Decidi que estava cansado de ficar naquele grupo dos “corredores lentos” e queria descobrir o que os campeões realmente faziam. Afinal, todo mundo fala dos macetes, mas será que funcionam mesmo? Então, fui atrás de dicas que os vencedores usam, tipo acelerar mais nos trechos chave ou ajustar a postura. A ideia era testar tudo como um experimento do zero, mesmo sabendo que eu sou só um amador tentando melhorar. Já tinha participado de algumas corridas antes, mas sempre ficava no meio da turma – nunca na frente. Bom, com isso em mente, comecei a me preparar na segunda-feira passada.
Como eu montei o plano de treino
Primeiro, bati um papo com um amigo que é maratonista, sabe? Ele me deu uns conselhos simples tipo “não corra como um doido no começo” e “preste atenção na respiração”. Anotei tudo num caderninho velho e resolvi botar em prática na minha rotina. Peguei minha agenda e marquei três dias por semana só pra isso: terça, quinta e sábado. Senti que precisava de uma base sólida antes de partir pros truques avançados. Na terça, fiz aquecimento com uns pulinhos no lugar por cinco minutos – foi uma tragédia, quase cai no chão. Mas insisti, porque tinha lido que os campeões não pulam essa parte.
- Depois disso, comecei a correr em volta do parque perto de casa, tentando controlar o ritmo. Olhei no relógio de pulso e forcei pra manter um passo constante, como os especialistas recomendam. A intenção era não gastar tudo de uma vez.
- Na primeira volta, já notei que minha respiração tava uma bagunça. Inspirei fundo e soltei devagar, tipo “assim e assado” que meu amigo ensinou. Foi estranho no começo, mas aos poucos senti menos cansaço.
- Prestei atenção nos pés também, colocando o calcanhar primeiro pra depois empurrar com os dedos. Parecia besteira, mas percebi que evitava aquelas dores chatas na panturrilha.
Durante a semana, ajustei tudo conforme os dias. Na quinta, aumentei a distância um pouquinho e tentei incluir uns sprints curtos nos pontos planos – era pra simular quando os vencedores aceleram nas retas finais. Mas, putz, quase morri de tanto sufoco! Depois do treino, tomei um banho gelado pra evitar inflamação, outra dica que peguei de quem sabe mais.
O dia da corrida real
Sábado chegou, era hora de colocar tudo à prova num evento local de 5km. Cheguei cedo, me alonguei de leve e mantive a calma, lembrando que os campeões não ficam nervosos no início. Quando o sinal tocou, não saí correndo feito louco; segurei o pique e fui num ritmo médio. Isso já fez uma diferença enorme – na primeira curva, ainda tava de boa, enquanto outros estavam quase capotando.
No meio do percurso, apliquei o truque de focar num ponto à frente pra manter a motivação. Visualizei a linha de chegada e pensei “só falta isso”. Quando vi que tava chegando nos 4km, dei um gás maior, igual falei nos treinos. Corri mais rápido ali nos últimos minutos, empurrando com tudo. Foi incrível, senti uma força que nem sabia que tinha.
Terminei em quarto lugar no meu grupo – meu melhor resultado até agora! Ainda não sou um campeão, mas vi como essas dicas me deram uma vantagem. Aprendi que não é só treinar duro; é saber usar os pequenos detalhes que os vencedores tão acostumados.
Por que me dediquei tanto a isso? Bom, há um ano atrás, eu perdi uma oportunidade numa corrida maior por causa de um erro besta. Tava com um problema no joelho mas ignorei os avisos, saí correndo como um bêbado e acabei lesionando. Fiquei meses sem correr, me sentindo um fracote. Aí, vi amigos meus usando esses truques de campeão e subindo no pódio – fiquei com aquela invejinha saudável. Resolvi que ia mudar, nem que fosse devagar. Agora, sempre que aplico essas dicas, lembro daquele dia de bobeira e evito repetir o erro. Quem sabe, no próximo evento, consigo chegar mais perto do topo? O importante é não desistir e aprender com quem sabe do que tá falando.