Cara, vou te contar uma coisa aqui. Esses dias me peguei pensando na Caroline Garcia jogando tênis. A gente vê na TV, né? Aquela movimentação toda, a força que a mulher tem pra bater na bola, parece até fácil olhando de longe. Aí bateu aquela faísca, sabe? Pensei: “Por que não tentar também? Deve ser um bom exercício, desestressa…”

Então, comecei minha saga. Primeiro passo: arranjar o equipamento. Fui fuçar umas lojas, procurar uma raquete. Nada profissional, claro. Peguei uma bem simples, daquelas pra iniciante mesmo, que tava num preço camarada. Comprei um tubo de bolinhas amarelinhas também. Achei que tava pronto pra virar o próximo Guga, só que não.
Segundo passo: achar um lugar pra jogar. Rapaz, que dificuldade! Tentei umas quadras públicas perto de casa, mas ou tava lotado ou precisava reservar com uma antecedência que eu nem sabia que dia ia estar livre. Acabei achando um clube que alugava por hora, um pouco mais caro, mas era o jeito. Marquei lá num sábado de manhã.
A Prática (ou a tentativa)
Cheguei lá todo empolgado, botei minha bermuda, camiseta, tênis velho de guerra. Peguei a raquete, abri o tubo de bolinhas com aquele cheiro característico. Pisei na quadra. A sensação foi boa, confesso. Me senti o próprio tenista profissional por uns cinco segundos.
Aí começou o show de horrores:
- O Saque: Tentei imitar o movimento que a gente vê na TV. Joguei a bolinha pra cima… e errei. Na segunda tentativa, acertei a raquete, mas a bola foi parar na rede. Depois de umas dez tentativas, consegui mandar uma pro outro lado, mas caiu totalmente fora da área de saque. Foi frustrante.
- A Troca de Bolas: Chamei um amigo pra ir junto, né? Pelo menos tinha alguém pra jogar a bola de volta. Que ideia! Nenhum dos dois conseguia manter a bola em jogo por mais de duas rebatidas. Era bola na rede, bola pra fora, bola no alambrado… teve uma que quase acertou um pombo que tava de bobeira.
- A Movimentação: Corri feito um doido pra tentar alcançar as bolas que meu amigo (tão ruim quanto eu) mandava. Cansei rápido. Muito rápido. Percebi que meu preparo físico era zero. Fiquei com a língua de fora em menos de vinte minutos.
Resumo da ópera: Foi um desastre divertido. A gente riu bastante da nossa própria falta de habilidade. Aquilo que parece tão fluido e natural vendo a Caroline Garcia jogar, na verdade, exige uma coordenação motora, um tempo de bola, uma força e um condicionamento físico que, olha… não é pra qualquer um não.

Saí de lá acabado, suado, com a mão doendo de segurar a raquete do jeito errado, provavelmente. Mas valeu pela experiência. Deu pra entender na pele que o buraco é bem mais embaixo. Admiração pelos profissionais só aumentou.
Por enquanto, acho que vou voltar pro meu lugar no sofá, assistindo e admirando de longe. É mais seguro pra minha integridade física e pras pobres bolinhas de tênis. Talvez tente de novo um dia, quem sabe? Mas com um professor do lado, pra não passar tanta vergonha.