Então, gente, hoje eu quero trocar uma ideia com vocês sobre uma parada que parece simples, mas que já me deu uma canseira aqui em João Pessoa: a tal da tábua de maré.

Minha Saga com a Maré em JP
Olha, quando eu cheguei por aqui, achava que era só bater o olho numa tabelinha qualquer na internet e pronto, já sabia se a maré tava boa pra praia ou não. Doce ilusão, meus amigos!
A primeira vez que precisei pra valer, foi pra tentar levar a família pra conhecer aquelas piscinas naturais famosas, sabe? A gente se programou todo, acordou cedo, aquela empolgação.
- Catei a primeira tábua de maré que apareceu no Google.
- Vi lá “maré baixa às 10h”. Perfeito, pensei.
Chegando lá na praia, uma muvuca danada, e a água, pra ser sincero, não tinha baixado quase nada. Foi uma frustração que só vendo. As crianças ficaram chateadas, e eu com aquela cara de quem não entende nada.
Aprendendo na Marra
Aí eu fui investigar, né? Não ia passar por esse perrengue de novo. Comecei a conversar com o pessoal daqui, pescador, gente que vive da praia. E fui descobrindo os macetes.
Primeira coisa que aprendi: não é só o horário da maré baixa que importa. A tal da “altura” da maré é crucial! Se a maré tá “baixa”, mas tipo, com 0.7m de altura, pra algumas coisas não adianta nada. Pra ver os corais bonitões, tem que ser aquelas marés bem baixinhas mesmo, tipo 0.0m, 0.1m, no máximo 0.2m.
E outra, tem um monte de site e aplicativo por aí, mas nem todos são tão precisos ou fáceis de entender pra quem não tá acostumado. Alguns mostram a maré de um jeito muito geralzão.
Lembro de uma vez, antes de pegar essas manhas, que combinei com uns amigos de ir numa praia mais afastada, daquelas que formam um caminho de areia na maré baixa. Olhei a tábua, achei que tava tudo certo. Quando chegamos, a maré já tava enchendo e quase não deu pra aproveitar. Maior furada!
Como Faço Agora
Depois de apanhar um bocado, hoje o meu processo é outro. É quase um ritual:
Primeiro, eu não confio em uma fonte só. Dou uma olhada em pelo menos uns dois lugares diferentes pra comparar. Tem uns aplicativos que o pessoal que surfa usa, ou até mesmo uns sites de órgãos oficiais que costumam ser mais batata.
Segundo, foco total na altura da maré. Se o plano é ir pra Picãozinho, Seixas, ou qualquer lugar que precise de maré seca, eu só vou se a previsão for de maré perto de zero mesmo.
Terceiro, eu olho a tábua com antecedência, mas também dou uma checada no dia, porque às vezes pode ter uma pequena variação por causa do vento ou outras condições do tempo. Já vi acontecer.
Por exemplo, semana passada mesmo, a gente queria ir catar uns mariscos numa área de mangue. A tabela que eu tinha visto primeiro indicava uma maré baixa boa. Mas aí fui cruzar com outra informação e vi que a “janela” de maré realmente seca ia ser bem curtinha. Ajustamos o horário e deu tudo certo, conseguimos aproveitar bem. Se eu tivesse ido só pela primeira, ia ter sido corrido.
Vale a Pena o Esforço?
Pode parecer um trabalhinho extra, essa coisa de ficar fuçando tábua de maré, comparando, analisando. Mas, na real, aqui em JP, onde a vida na praia depende tanto disso, faz toda a diferença.
Evita frustração, evita perder viagem, e o mais importante: permite que a gente aproveite o melhor que essas praias incríveis têm pra oferecer. Não adianta nada vir pra João Pessoa e não conseguir ver as piscinas naturais porque não checou a maré direito, né?
Então, fica aí minha experiência. É um aprendizado constante, mas hoje eu já me sinto bem mais seguro pra planejar meus rolês praianos por aqui. E espero que essa minha vivência ajude alguém aí também!
