Pois é, pessoal, esses dias me peguei numa sinuca de bico por causa das regras do handebol oficial. Sabe como é, a gente joga uma pelada aqui, assiste um jogo ali na TV, e sempre rola aquela discussão: “isso pode?”, “aquilo foi falta?”. Cansei de ouvir cada um falando uma coisa e resolvi ir atrás do tal do manual oficial pra ver qual era a real.
Minha primeira missão foi achar esse bendito documento. Pensei que ia ser simples, mas que nada! Tem versão resumida, versão completa, comentário da regra, interpretação… Um monte de coisa. Mas beleza, com um pouco de paciência, achei um que parecia ser o “pai de todos”. Abri o arquivo e, rapaz, confesso que deu um susto. É detalhe que não acaba mais!
A primeira coisa que me chamou atenção, e que sempre dá briga na quadra com os amigos, é a tal da regra dos três segundos com a bola na mão e os três passos. Parece simples, né? Mas o difícil é contar isso na velocidade do jogo! Quantas vezes já não vi nego andando uma maratona com a bola e jurando de pé junto que só deu dois passinhos. E o goleiro? Esse aí tem um capítulo à parte. Pode sair da área, não pode cometer falta no jogador que tá pulando pra arremessar… É uma complicação que só vendo.
Lembro de uma vez, num jogo amistoso lá no bairro, que o juiz (que era o Zé da padaria, coitado, só apitava pra ajudar) marcou uma falta que ninguém entendeu. Fui discutir, na boa, claro, e ele me solta: “Ah, mas na regra nova mudou!”. Que regra nova, Zé? A gente nem a velha sabia direito! Foi aí que meu interesse em fuçar as regras de verdade começou a crescer.
Depois que comecei a ler mais a fundo, percebi umas coisas que passavam batido:
- A questão do contato físico. O que é permitido, o que é exclusão de 2 minutos, o que é cartão vermelho direto. É uma linha bem tênue, viu? Precisa ter olho clínico.
- As substituições. Antigamente parecia mais bagunçado, hoje tem uma área certinha, tem que esperar o jogador sair… Se bobear, toma punição por erro na troca.
- Tiro de 7 metros. Aquele momento de tensão máxima! E tem toda uma formalidade ali, o goleiro não pode se adiantar demais, o batedor também tem suas restrições.
Olha, vou te dizer, entender as regras do handebol oficial não me tornou um jogador melhor da noite pro dia – até porque a idade já pesa, né? Mas mudou a forma como eu vejo o jogo. Agora, quando assisto uma partida profissional, consigo entender melhor as decisões da arbitragem, mesmo que às vezes ainda discorde de uma coisinha ou outra, normal.
O mais engraçado é que, agora que eu “sei” um pouco mais, fico mais agoniado quando vejo erro em jogo amador. Dá vontade de parar tudo e explicar! Mas aí lembro que o importante é a diversão, e que nem todo mundo tá com o manual debaixo do braço. O handebol é um esporte intenso, rápido, e as regras, por mais complexas que sejam, tão ali pra tentar organizar essa loucura toda. No fim das contas, o desafio de entender e aplicar essas regras é parte da graça do esporte, pelo menos pra mim que gosto de fuçar nessas coisas.