Cara, outro dia eu tava rolando o feed, sabe como é, e começou a aparecer um monte de foto dessa tal de Carol Albuquerque. Pra todo lado.
Pra ser sincero? No começo, bateu até uma bad. A gente vê aquelas fotos, tudo perfeito, vida perfeita, né? Aí você olha pra sua correria, sua bagunça do dia a dia.
Só que dessa vez foi diferente. Em vez de só ficar me sentindo pra baixo, eu pensei: ‘Tá, beleza, mas o que é que eu posso fazer de verdade?’ Não pra ficar igual, lógico, isso aí é maluquice. Mas pra eu me sentir um pouco melhor comigo mesmo.
Aí eu decidi fazer uma coisa que tava enrolando há tempos. Sabe aquela bicicleta velha encostada na garagem, juntando poeira?
A Missão da Bicicleta Empacada
Fui lá e catei a coitada. Pneu murcho, corrente enferrujada. Tava um caco. Gastei um sábado inteiro só na limpeza.
- Primeiro, água e sabão pra tirar a craca de anos.
- Depois, pelejei com a ferrugem da corrente. Usei um monte de óleo e esfreguei que nem um condenado.
- Enchi os pneus, torcendo pra não esvaziar logo de cara.
Fui dar uma volta no quarteirão. Me senti todo desengonçado, fiquei sem fôlego em dois minutos. Quase desisti ali mesmo.
Mas fiquei com aquilo na cabeça, que não era pra parecer foto de internet. Era pra eu me mexer. No dia seguinte, tentei de novo. Fui um pouquinho mais longe.
Já faz umas semanas isso. Ainda não tá fácil, subir ladeira é um parto. Mas sabe aquela sensação depois? Suado, mas meio orgulhoso? Isso é real. É meu.
Não muda o mundo, não me deixa com cara de modelo. Mas botar aquela bicicleta pra rodar, me botar pra rodar… fez alguma coisa. Comecei pequeno, só saindo de casa. É essa a história toda, no fim das contas. Ver aquelas fotos acabou me dando um empurrão, de um jeito torto, mas deu.