Sabe aquele papo de lugar paradisíaco? Então, sempre ouvi falar de Itacarezinho. Foto bonita na internet é o que não falta, né? Mas eu sou meio São Tomé, preciso ver pra crer, sentir o negócio.
Um dia, deu a louca. Tava de bobeira ali pela região, pensei: “quer saber? Vou lá conferir essa tal de Itacarezinho”. Não planejei muito, não. Peguei minhas tralhas, short, camiseta, chinelo, e fui.
A Chegada e a Trilha
Lembro de pegar a estradinha de terra. Chacoalha pra caramba, viu? Cheguei numa entrada, tinha um pessoal cobrando pra entrar. Paguei, deixei o carro meio de qualquer jeito lá sombra e comecei a andar. Me falaram que tinha uma trilha.
E tinha mesmo. Não é nada demais, tipo, super difícil, mas cansa um pouquinho, principalmente na volta. Mas o legal é que você vai andando no meio do mato, ouvindo os bichos, sentindo aquele cheiro de natureza. Aí, de repente, você começa a escutar o barulho do mar chegando mais perto. Isso já dá um gás.
A Praia em Si
Cara, quando eu saí da trilha e dei de cara com a praia… puts. É bonito mesmo. A faixa de areia é enorme, coqueiro pra todo lado, aquele marzão azul. Não tava lotado no dia que eu fui, sorte minha. Tinha umas barraquinhas lá longe, mas preferi ficar mais quieto no meu canto.
A primeira coisa que fiz foi caminhar. Fui de uma ponta a outra, com o pé na água. A areia é daquelas fininhas, gostosa de andar. Depois, larguei minhas coisas e fui direto pro mar. A água tava numa temperatura boa demais, nem quente, nem fria. Deu pra dar umas braçadas, ficar boiando olhando pro céu.
- Andei bastante pela areia.
- Nadei até cansar.
- Sentei pra observar o movimento das ondas.
Fiquei lá um tempão. Sem fazer nada de especial, só… estando lá. Observando as ondas quebrando, o vento nos coqueiros. É engraçado como um lugar assim faz a gente desacelerar, né? Tinha um riozinho que desaguava no mar num canto da praia, fiquei um tempo ali também, com a água doce misturando com a salgada no pé.
A Volta e a Lembrança
A parte chata foi ter que ir embora. O sol já tava baixando, e a subida da trilha me esperava. Subi devagar, já sentindo a canseira. Peguei o carro, todo empoeirado, e voltei.
Mas, sabe, a sensação ficou. Não é só a foto bonita. É o cheiro, o barulho, a caminhada, a água no corpo. Foi uma experiência simples, ir lá e passar o dia. Mas valeu cada segundo. Tem lugares que marcam a gente de um jeito diferente, e Itacarezinho, pra mim, foi um desses. Não tem muito segredo, é ir e sentir.