Tava aqui pensando em explicar pra galera como funciona esse troço de posições no vôlei, porque olha, na primeira vez que tentei entender fiquei mais perdido que cego em tiroteio. Lembro direitinho como foi essa palhaçada toda.
A Confusão Inicial
A primeira vez que vi um jogo inteiro na TV, fiquei encucado: por que cargas d’água um monte de gente ficava rodando em círculo? Anotei num papelzinho sujo: “Será que é tipo estátua, onde só corre quem tá na frente?”. Pior erro da minha vida.
Resolvi cavucar na internet, achei um monte de vídeo mal explicado. Dois gatos pingados falando coisa diferente, um dizendo que líbero não ataca, outro falando que atacante não defende. Meu café esfriou e eu ali, batendo cabeça igual pica-pau em muro de concreto. Até que bati o pé e decidi separar as coisas direito.
Colocando a Mão na Massa
Comprei um bloquinho novo só pra isso e comecei a rabiscar cada posição, igual fazia antigamente com receita de bolo:
- O que segura as pontas (Ponteiros): Esse tá sempre na beirada da rede, tipo guarda-costas do time. Correndo pra todo lado, ataca e ainda defende quando o bagulho aperta. Canseira braba.
- O Enrolador (Levantador): Mano, esse é o maluco pique maestro de orquestra. Recebe a bola de qualquer jeito e tenta dar um passe que não deixe o atacante passar vergonha. Quem mandou ser perfeccionista?
- O Estourador de Rede (Oposto): Esse daqui vive colado no levantador. Quando o negócio tá feio, é ele que vira o homi-bomba e tenta salvar o jogo com um atacão violento. Sangue nos olhos!
Aí vem o Faxineiro (Líbero) – esse só fica no fundo, todo de roupa colorida, limpando a sujeira que os outros deixam. Ele não pode bater na bola lá em cima nem fazer saque, mas defende que é uma beleza.
A Fossa do Meio
Os caras do meio da rede são os mais zoados. Os Central / Meio-de-Rede pulam que nem gafanhoto dopado pra bloquear ataques e quando tão com sorte, ainda cortam bolas rápidas. Mas depois do saque, rodam pro fundo e ficam perdidos, porque atacar no fundo não é com eles. Sofrência pura!
A Conclusão que Arde
Depois de ver jogo, rabiscar papel e até tentar acompanhar um treino amador (onde apanhei uma bola na nuca), fechei o bloquinho com uma verdade: cada um tem seu inferno particular! O levantador é chutado se errar passe, o líbero come bola no peito o tempo todo, o central parece um idiota rodando sem entender a vida…
Anotei na última folha, com caneta vermelha: “Não adianta decorar – tem que ver o desespero ao vivo”. E te digo, depois que entendi essa zona, até jogo na TV ficou mais engraçado! Todo mundo rodando feito barata tonta com função certa, só que ninguém respeita direito não. Pura bagunça organizada!