Olha, vou te contar uma coisa. Às vezes parece que a vida da gente é um eterno jogo de dois, sabe? Não tô falando de jogo de tabuleiro, não. Falo daquelas situações em que você precisa combinar algo simples com outra pessoa, e vira uma novela, um empurra-empurra danado.

Tava lembrando aqui de uma vez que tentei organizar um churrasco simples, coisa pequena, só pra relaxar no fim de semana. Chamei um camarada meu, o Beto. Figuraça, mas pra combinar qualquer coisa… nossa senhora. Começou o tal jogo de dois.
Primeiro, eu mandei mensagem: “E aí, Beto, bora fazer um churrasquinho aqui em casa sábado?”. Tranquilo, né? Que nada. Demorou um dia pra responder. Aí veio: “Opa, beleza! Que horas?”.
Eu pensei, “Ué, a hora que for melhor, né?”. Respondi: “Ah, depois do almoço, lá pelas 14h, tá bom?”. Silêncio. No dia seguinte: “Putz, 14h é meio cedo pra mim… E se for mais tarde?”.
Beleza, flexibilidade é tudo. “Tranquilo, Beto. Que horas fica bom pra você? 16h?”. Aí ele: “Hummm, 16h… talvez. Mas sabe o que é? Acho que sábado vai chover”.
Fui checar a previsão. Sol rachando pra semana inteira. Mandei o print pra ele. “Rapaz, aqui tá dizendo que vai fazer sol”. A resposta: “Ah, mas previsão do tempo erra, né? Melhor não arriscar”.

Nessa altura, eu já tava pensando: “Cara, é só um churrasco!”. Tentei de novo: “Ok, Beto. E se a gente fizesse outra coisa então? Sei lá, pedir uma pizza?”. Ele curtiu a ideia: “Pizza! Boa! Qual sabor?”.
Aí começou outro round do jogo. Sugeri calabresa. Ele: “Ah, mas minha sobrinha não come”. Sugeri portuguesa. “Hum, sem cebola?”. Sugeri frango com catupiry. “Será que não é muito pesado pra noite?”.
Resumindo a ópera:
- Definir o evento: 1 dia.
- Definir o horário: 1 dia (sem sucesso).
- Contestar a previsão do tempo: Meio dia.
- Mudar o plano pra pizza: 5 minutos.
- Escolher o sabor da pizza: Desisti.
A Realidade do Jogo
No fim das contas, não rolou nada. Nem churrasco, nem pizza. Fiquei em casa mesmo, pensando nessa dinâmica. Por que tem que ser tão complicado? Parece que tem gente que gosta desse vaivém, dessa coisa de dificultar. Não é maldade, acho eu. É só… o jeito da pessoa.
É cansativo, né? Você tenta ser direto, objetivo, facilitar as coisas, mas do outro lado parece que tão jogando xadrez, pensando em mil variáveis pra algo que era pra ser simples. Fico pensando se o problema sou eu, se sou muito apressado, ou se realmente tem gente que transforma tudo num jogo de dois complicado.

No fim, acho que a gente tem que aprender a jogar também, ou então, escolher melhor com quem a gente joga. Porque a paciência, essa sim, não é infinita. E gastar ela com coisa pequena assim… não tá valendo a pena, não.