Olha, vou te falar uma coisa, essa história de prever o desempenho da Red Bull em 2024… vira e mexe alguém me cutuca sobre isso. E quer saber? Não é tão preto no branco quanto parece, não.
Primeiro, a gente pega o que já viu, né? O carro do ano passado, o RB19, era um foguete, não tem nem o que discutir. Dominou de cabo a rabo. Aí você pensa: “Ah, moleza, é só repetir a dose”. Mas calma lá.
Eu comecei a fuçar, a olhar os detalhes dos testes de pré-temporada. Li bastante coisa que saiu por aí, vi os tempos, as declarações dos pilotos e dos chefes de equipe. O carro novo, o RB20, parece ser uma evolução, sim, e bem esperta, diga-se de passagem. Mas aí entram outros fatores que a gente, na correria do dia a dia, às vezes esquece.
O que eu levei em conta na minha “análise de boteco”
- Consistência do Max Verstappen: O moleque é um fenômeno, não dá pra negar. Se o carro for minimamente bom, ele tira leite de pedra. Isso aí já é meio caminho andado pra Red Bull.
- O fator Sergio Pérez: Aí a porca torce o rabo um pouco. O Checo é bom piloto, ganhou corridas importantes, mas ano passado ele deu umas rateadas feias, especialmente em classificação. A pressão em cima dele vai ser gigante, ainda mais com tanto piloto bom querendo aquela vaga.
- A concorrência: Ninguém fica parado, né? A Ferrari parece que deu um passo à frente no conceito do carro, tentando resolver os problemas de desgaste de pneu. A McLaren terminou 2023 voando baixo e deve continuar forte. E a Mercedes? Sempre uma caixinha de surpresas, com um carro totalmente novo. Todo mundo quer morder um pedaço do bolo da Red Bull.
- Estabilidade do regulamento: Normalmente, quando o regulamento fica estável por um tempo, as equipes tendem a convergir no desempenho. Isso pode significar que a vantagem absurda da Red Bull pode diminuir naturalmente.
Agora, vou te contar uma história minha, pra você entender de onde vem essa minha cautela toda. Lá por 2009, com aquela mudança drástica de regulamento, eu bati o pé que a Ferrari ou a McLaren iam deitar e rolar. Lembro de discutir com amigos, apostar um churrasco… Quebrei a cara bonito! Quem diria que a Brawn GP, que surgiu das cinzas da Honda e quase não participou da temporada, ia levar tudo com aquele difusor duplo genial? Pois é.
Aquilo me ensinou uma lição valiosa: nunca subestime o “fator surpresa” na Fórmula 1 e a capacidade de inovação das equipes. E também que “certeza” é uma palavra que a gente deve usar com muito cuidado nesse esporte. Eu era mais novo, mais afobado nas análises. Hoje, dou uns três passos pra trás antes de cravar qualquer coisa.
Então, quando eu junto tudo isso na minha cabeça – o carro aparentemente forte da Red Bull, o talento absurdo do Max, a incógnita do Pérez sob pressão, a evolução esperada dos rivais e a minha própria experiência de já ter errado feio antes por excesso de confiança no óbvio – eu chego a uma conclusão mais ponderada.
Minha aposta (sem botar a mão no fogo, hein?)
A Red Bull ainda vai ser a equipe a ser batida, isso é quase certo. O Max Verstappen provavelmente leva o campeonato de pilotos de novo, o cara está numa fase iluminada. Mas acho que a mamata de ganhar quase todas as corridas como em 2023 vai diminuir um bocado. Acredito que outras equipes vão beliscar mais vitórias. Ferrari e McLaren devem dar mais trabalho, e quem sabe a Mercedes não acerta a mão também.
O Pérez vai ter que suar muito a camisa pra garantir o vice e ajudar no campeonato de construtores, que eu ainda acho que fica com a Red Bull, mas talvez com uma margem menor. Não vai ser um passeio no parque total como foi antes. Vai ter mais disputa, o que pra gente que assiste e torce é ótimo, né? Mas pra cravar com 100% de certeza? Ih, rapaz, isso aí eu deixo pros videntes e pros especialistas que têm bola de cristal. Eu só dou meu palpite de quem acompanha essa novela há anos e já viu muito filme repetido com final diferente.