Como tudo começou… a ideia genial (só que não)
Sabe aquele dia no trabalho que não tem muita coisa pra fazer? Bateu aquele tédio na gente aqui. Eu e mais uns colegas pensamos: “precisamos dar uma animada nisso aqui”. Aí tive a brilhante ideia de pregar uma peça no João, um colega nosso que é meio desesperado com o computador dele. Lembrei daquelas imagens de erro do sistema, tipo a famosa tela azul.
Pensei: “Vou dar um susto nele, vai ser engraçado”. Baixei a tal imagem da tela azul num pen drive. O plano era simples: esperar ele sair pra tomar um café, ir rapidinho na mesa dele, abrir a imagem em tela cheia e vazar.
A execução (quase) perfeita
Dito e feito. João levantou pra pegar o café. Fui lá, na maior cautela, parecendo um ninja. Espetei o pen drive, cliquei duas vezes na imagem, F11 pra tela cheia. Perfeito. Tirei o pen drive e voltei pro meu lugar, segurando o riso.
Fiquei só na espreita, esperando a reação.
Aí o negócio desandou…
O João voltou, sentou todo tranquilo. Mexeu no mouse… e nada. A imagem lá, estática. Ele começou a mudar de cor. Primeiro ficou branco, depois meio verde. Chamou o menino do TI. Nessa hora, meu amigo, eu gelei. Pensei com meus botões: “sujou”.
Chegou o rapaz do TI, super gente boa, tentando ajudar. Reiniciou, entrou em modo de segurança, fez um monte de coisa que eu nem entendo. E nada. A maldita imagem não saía. O João já tava quase chorando, falando que tinha perdido uns relatórios importantíssimos, que o chefe ia matar ele.

A hora da verdade (e da vergonha)
Não teve jeito. A culpa começou a pesar. Levantei a mão, meio sem graça: “Ô João… ô Fulano (do TI)… fui eu. Era só uma brincadeira, é uma imagem estática”.
A cara que o menino do TI fez pra mim… O João ficou vermelho na hora. Não sei se era raiva, vergonha, ou os dois juntos. Pra piorar a situação, parece que na minha pressa de fechar tudo e sair correndo, ou talvez porque o PC dele já não tava lá essas coisas, a máquina travou de verdade. Não era mais só a imagem.
Conclusão da ópera: Tiveram que formatar o computador do João. Ele perdeu uns arquivos que não tinha salvo em outro lugar (ok, falha dele também não ter backup, mas né…).
O que ficou disso tudo
Levei um sermão daqueles do meu chefe. Justo, né? Pedi desculpas umas trocentas vezes pro João, pro TI. O clima ficou estranho por um tempo. Mas serviu de lição.
- Primeiro: Nunca mais mexo no computador de ninguém.
- Segundo: Brincadeira tem hora e tem limite. E tem que pensar se não vai dar M de verdade.
Essa foi uma daquelas pegadinhas clássicas que deu errado num nível espetacular. O pior foi aguentar a gozação depois: “E aí, formatador de PCs?”. Fazer o quê? É rir pra não chorar e aprender.