Olha, essa coisa de ter um parceiro pra malhar junto… vou te falar, já passei por poucas e boas com isso. No começo da minha jornada na academia, anos atrás, eu ia sempre sozinho. Achava que era o ideal, sabe? Concentração total, sem ninguém pra atrapalhar o foco ou ficar puxando papo mole na hora do descanso.

Eu chegava, pegava minha ficha, fone no ouvido e ia embora. Funcionou por um tempo, não vou negar. Mas aí começava a bater aquela preguiça, aquela vontade de pular um dia… depois outro. Faltava aquele empurrãozinho, alguém pra falar “bora, levanta daí!”.
Minhas tentativas de achar a dupla perfeita
Decidi então que precisava de um parceiro de treino. Pensei: “agora vai!”. Chamei um amigo, gente boa, mas que só queria saber de ficar no celular entre as séries. Não dava. O treino rendia menos ainda.
Depois tentei com um vizinho. Esse era animado, até demais. Queria mudar meu treino todo, fazer uns exercícios que não tinham nada a ver com meu objetivo. Falava mais que treinava. Desisti também.
Percebi que encontrar um bom parceiro de treino não é tão simples. Tem que rolar uma sintonia, né? É tipo achar um sócio pra empresa, só que pra suar junto.
O que eu notei nessa busca:
- O Motivador: Aquele que te puxa, não deixa você roubar na contagem e te incentiva a pegar mais peso. Esse é ouro, mas é raro.
- O Companhia: Vai mais pra fazer volume, pra ter alguém ali. Ajuda a não faltar, mas talvez não some tanto no desempenho.
- O Distraído: Fica no celular, conversa com todo mundo, esquece a série. Acaba te atrasando.
- O “Professor”: Quer corrigir tudo, mesmo sem saber direito. Acha que o treino dele é o único certo.
Teve uma época que treinei com um colega do trabalho antigo. A gente ia junto na hora do almoço. Era legal porque um cobrava o outro pra não furar. Mas os treinos eram diferentes, os horários apertados… acabou não durando muito quando mudei de emprego.
Depois de rodar bastante e testar umas parcerias, o que aconteceu? Voltei a treinar sozinho na maioria das vezes. É engraçado pensar nisso. Eu buscava fora uma coisa, a disciplina, o gás… que no fim das contas, tive que encontrar dentro de mim.
Hoje, coloco minha música, foco no meu objetivo e faço acontecer. Aprendi a ser meu próprio parceiro, meu próprio incentivador e, às vezes, meu próprio carrasco pra não deixar a peteca cair. Não é que eu seja contra ter parceiro, de jeito nenhum! Se aparecer alguém na mesma vibe, com os mesmos horários e objetivos, ótimo. Mas aprendi a não depender disso pra ter constância.
No fim, o importante é ir lá e fazer, né? Com ou sem companhia. Cada um acha o jeito que funciona melhor pra si. Pra mim, hoje, funciona assim.