Como eu vivi os 110 anos do nosso Verdão
Pois é, galera, chegou a marca dos 110 anos do Palmeiras. E quando bate uma data redonda assim, a gente que é torcedor raiz sente diferente, né? Não é só mais um aniversário, tem um peso, uma história toda que vem junto.
A primeira coisa que me veio na cabeça foi: como eu vou marcar isso na minha vida? Não dava pra deixar passar em branco. Então, meu ritual particular começou. Fui direto fuçar nas minhas caixas de recordações. Sabe aquelas paradas que a gente guarda e nem lembra mais?
- Camisas antigas, algumas já puídas, mas cada uma com uma batalha.
- Ingressos de jogos memoráveis, amassados, desbotados.
- Revistas e jornais da época de ouro, e também dos perrengues.
Levantou uma poeira danada, confesso. Mas cada peça que eu pegava, vinha uma enxurrada de lembranças. Aquele gol no último minuto, a defesa impossível do Marcão, a Libertadores… eita!
Aí você tenta explicar pra um sobrinho mais novo, por exemplo, o que foi a era Parmalat, ou a emoção de ver o time ressurgir das cinzas. Eles olham pra gente tipo “tá, tio, mas e o Haaland?”. É outra vibe, né? A conexão que a gente tem é construída tijolo por tijolo, sofrimento por sofrimento, glória por glória.
Não é só sobre ganhar, entende? É sobre pertencer. Claro que a gente quer ver o time levantando taça, óbvio. Mas a caminhada, os amigos que a gente faz na arquibancada, as cornetadas depois do jogo… isso aí não tem preço.
Minha “prática” pra esses 110 anos foi essa: revirar o baú, não só o físico, mas o da memória também. Relembrar quem somos, de onde viemos. Ligar pra aquele amigo das antigas que ia no estádio comigo faça chuva ou faça sol. Coisa simples, mas que reconecta a gente com a essência.
Claro, a gente vê as comemorações oficiais, as camisas novas (que tão o olho da cara, diga-se de passagem, mas a gente sempre dá um jeito, né?), os vídeos emocionantes. Tudo isso é legal, faz parte. Mas o sentimento mesmo, aquele que aperta o peito, esse aí a gente constrói no dia a dia, na nossa própria relação com o clube.
Então, celebrar os 110 anos, pra mim, foi mais do que postar uma foto bonita. Foi reafirmar essa paixão que não se explica, só se sente. E que venham mais 110, porque a gente vai estar aqui, firme e forte. Avanti Palestra!