Pois é, pessoal, hoje deu uma vontade de falar sobre uma figura que marcou época pra mim: Pablo Aimar no River Plate. Que fase aquela, hein? A gente parava pra ver os jogos, era outro futebol, com mais ginga, mais arte.
Então, esses dias me bateu uma saudade tão forte que resolvi embarcar numa missão: queria muito achar uma daquelas camisas clássicas do Aimar da época do River. Sabe? Aquela vermelha e branca, com o patrocínio antigo, o número dele nas costas. Pensei: “Ah, com a internet hoje em dia, vai ser moleza”. Doce ilusão, meus caros.
Comecei minha peregrinação virtual. Sites de colecionador, marketplaces, grupos de discussão. O que eu encontrei? Bom, digamos que a jornada foi mais complicada do que um drible do próprio Aimar em três zagueiros.
Minha saga atrás da relíquia
Primeiro, os preços. Coisa de maluco! Parecia que estavam vendendo um pedaço da história argentina banhado a ouro. Entendo que é item de colecionador e tal, mas tem limite pra tudo, né? Tinha camisa que custava o preço de uma TV nova!
Depois, a qualidade das réplicas. Nossa Senhora! Cada coisa que aparecia. Umas que o escudo parecia desenhado por uma criança de cinco anos, outras com o tecido que dava coceira só de olhar a foto. Encontrei várias armadilhas:
- Vendedores que juravam ser “original de época”, mas a foto era claramente de um produto novo, e ainda por cima, de procedência duvidosa.
- Anúncios com uma foto linda, mas quando você pedia mais detalhes, o vendedor sumia ou enviava algo totalmente diferente.
- Muita, mas muita falsificação grosseira. Daquelas que o nome do Aimar vinha escrito “Aymar” ou coisa pior.
Fiquei pensando cá com meus botões: como pode ser tão difícil encontrar algo genuíno de um ídolo tão grande? Um cara que encantou tanta gente. Parece que hoje em dia tudo virou só comércio, a paixão fica em segundo plano. Lembro que na minha adolescência, a gente ia atrás das coisas com uma pureza, uma vontade de ter algo do ídolo que era diferente.
Essa busca toda me lembrou uma vez que tentei cancelar um plano de celular antigo. Que sufoco! Fiquei horas pendurado no telefone, passando de um atendente pro outro, cada um com uma informação diferente. No final, parecia que eu estava pedindo um favor impossível, e não exercendo um direito meu. É esse sentimento de remar contra a maré, sabe? De que as coisas simples se tornam um labirinto.
No fim das contas, a camisa do Aimar ainda não veio. Desisti? Por enquanto. Talvez um dia, por um acaso, eu encontre uma que valha a pena, que seja honesta. Ou talvez seja melhor só guardar as boas lembranças na memória mesmo, aquelas dos golaços e das jogadas geniais. Dá menos trabalho e, com certeza, menos frustração.
Agora tô aqui, gastei um tempão nessa caçada e a pilha de trabalho só aumentando. Mas faz parte, né? Às vezes a gente se empolga com essas coisas do passado e esquece do presente. Pelo menos serviu pra lembrar de um futebol que deixava a gente com um sorriso no rosto.