Olha, esses dias me peguei pensando numa coisa simples: o que raios significa “tetracampeão”? Parece óbvio, né? Mas a história de como eu parei pra pensar nisso é que vale a pena contar.
Eu estava aqui em casa, mexendo nuns papéis velhos, sabe? Coisa de organização que a gente nunca termina. Aí achei umas fotos antigas, da época da Copa de 94. Pô, que saudade daquela festa! E na legenda improvisada que eu tinha feito na época, estava lá escrito: “Brasil TETRACAMPEÃO!”.
Na hora, veio aquele estalo. Lembrei que um dia desses, conversando com meu sobrinho, soltei essa palavra “tetra” e ele ficou me olhando com aquela cara de interrogação. Ele curte futebol, mas nasceu bem depois disso tudo. Pra ele, o Brasil era “penta”, e o “tetra” era só… um número antes.
Aí eu precisei parar e explicar, na prática mesmo:
- Primeiro: Tentei mostrar pra ele que “tetra” é um prefixo, vem lá do grego, acho, e quer dizer “quatro”. Simples assim.
- Segundo: Juntei com “campeão”. Então, tetracampeão = campeão quatro vezes. Fácil, né?
Mas aí que tá o pulo do gato. Explicar o significado literal foi moleza. O difícil foi tentar passar pra ele o peso que essa palavra tinha pra gente naquela época. Não era só “ganhou quatro vezes”. Era AQUELE título, depois de um jejum danado, a final nos pênaltis, o Baggio isolando a bola… Era um sentimento coletivo, uma explosão de alegria que parou o país.
A prática da memória
Então, o que eu fiz? Peguei aquelas fotos amareladas e fui mostrando pra ele. Falei da expectativa, do sufoco que foram alguns jogos, da união do time. Contei como a gente ia pra rua depois de cada vitória, como pintávamos as calçadas de verde e amarelo.
Acho que só assim, contando a história, mostrando as imagens, tentando recriar um pouco daquele clima, é que o “tetracampeão” começou a fazer mais sentido pra ele do que só uma palavra no dicionário ou um número numa estatística.
No fim das contas, minha “prática” pra entender e explicar o “tetracampeão” foi reviver um pouco a memória. A palavra em si é simples: quatro vezes campeão. Mas o significado real, pra muita gente, carrega junto um monte de emoção, história e, claro, muita saudade daquele grito preso na garganta que finalmente saiu em 94.
É isso. Às vezes, as palavras mais simples são as que carregam as maiores histórias por trás. Foi uma boa viagem no tempo que essa palavrinha me proporcionou.