Comecei essa busca quando minha mãe trouxe um álbum de fotos velho cheio de imagens coloridas dos anos 80. Uma foto chamou atenção: eu criança com um bebê de plástico estranho que parecia vir de outro planeta, todo brilhante com estrelas na roupa. Perguntei “O que diabos é esse troço que eu tô segurando?”, e ela riu: “Ah, isso era seu My Bebe da Estrela! Todo mundo na época queria um”.
A caça às informações
Fui catar nas caixas do sótão e encontrei o bendito brinquedo debaixo de um monte de revistas velhas. O plástico tava meio amarelado, mas dava pra ver as estrelinhas douradas no corpitcho e os olhos pintados meio desbotados. Tirei foto e postei no grupo de família: “Alguém lembra dessa moda?” Minha tia Marlene respondeu na hora: “Nossa! Era febre em 1985, todo colégio falava nisso!”.
Descobrindo a origem
Fui fuçar em sebos e encontrei uma revista Manchete de 1986 com anúncio exatamente igual meu brinquedo. Dizia: “Chegou da Europa o bebê extraterrestre mais fofo do universo! Colecione as roupinhas cósmicas!”. Pesquisei em fóruns antigos e descobri:
- A moda veio de uma animação italiana mal dublada que passava de madrugada
- As roupinhas com estrelas simbolizavam “poder cósmico” segundo a lore bizarra
- Tinha até álbum de figurinhas pra trocar no recreio
Quando mostrei tudo pro meu sobrinho de 10 anos, ele fechou a cara: “Que brinquedo esquisito, por que não tinha botão?”. Aí me dei conta: essa moda morreu justamente quando videogames chegaram! As crianças trocaram os bebês estrelinhas por controles de Mega Drive.
No fim, limpei meu bebê da estrela e coloquei na estante. É incrível como um objeto tão simples guarda tantas memórias. As modas vêm e vão, mas aquele plástico bizarro dos anos 80 vai ficar aqui contando histórias pra quem quiser ouvir.