E aí, galera! Hoje vou contar um negócio que aconteceu comigo lá no Guarujá, mais especificamente naquele trecho famoso, o tal do Curvão. Não é exatamente uma dica de viagem, tá mais pra um relato do que eu passei por lá mesmo.
Faz um tempo já, eu tinha acabado de pegar uma moto mais potente. Sabe como é, né? A gente fica todo empolgado querendo testar a máquina. Uns amigos meus, que já rodavam há mais tempo, viviam falando desse curvão no Guarujá. Diziam que era um teste de verdade pra ver se você tinha controle da moto.
A Preparação (Ou a Falta Dela)
Na minha cabeça de iniciante metido a piloto, eu pensei: “Ah, que besteira, é só uma curva”. Então, num fim de semana de sol, chamei a turma e falei: “Bora pro Guarujá sentir a brisa do mar e passar no famoso curvão?”. Ingenuidade pura, né?
Nem me preparei direito. Fui com o equipamento básico, claro, capacete, luva, jaqueta, mas sem estudar a tal curva. Confiei só no que ouvia falar e na minha “habilidade” recém-descoberta com a moto nova. Grande erro.
Chegando Lá e o Susto
Pegamos a estrada, aquele vento na cara, tudo beleza. Quando estávamos chegando perto do Guarujá, um dos meus amigos mais experientes gritou no intercomunicador: “Ó, se liga, o curvão tá chegando! Vai com calma, entra aberto e fecha devagar!”.
Eu, teimoso, ouvi mas não dei muita bola. Achei que era exagero. Cheguei na curva e… caramba! Ela era muito mais fechada do que eu imaginava. Entrei um pouco rápido demais e senti a moto querendo escapar de traseira. Meu coração foi na boca!
- Dei uma leve freada, coisa que não se deve fazer muito no meio da curva.
- Tentei corrigir a trajetória inclinando mais o corpo.
- Senti o pneu dar uma pequena deslizada, quase um aviso.
- Consegui, não sei bem como, manter o controle e sair da curva.
Parei no acostamento logo depois, tremendo um pouco, pra ser sincero. Meus amigos pararam também, um deles deu uma bronca merecida: “Eu avisei pra ir de boa! Essa curva não é brincadeira!”.
O Aprendizado
Aquele dia no Curvão do Guarujá me ensinou muito, na marra. Aprendi que:
Primeiro: Respeitar a estrada e os trechos conhecidos por serem perigosos é fundamental. Não é porque você tem uma moto potente que as leis da física deixam de valer pra você.
Segundo: Ouvir os mais experientes vale ouro. Os caras já passaram por ali, já erraram, já aprenderam. Ignorar isso é burrice.
Terceiro: Preparação é tudo. Se vai pra um lugar diferente ou desafiador, pesquisa antes, vê um vídeo, conversa com quem conhece. Não vai na base do “eu acho”.
Depois desse susto, voltei outras vezes lá, mas com outra cabeça. Com mais calma, mais técnica e, principalmente, mais respeito pela curva. Virou até um ponto pra testar minha evolução na pilotagem, mas sempre com juízo.
Então, fica aí o relato. Não é pra assustar ninguém, mas pra mostrar que a gente aprende mesmo é na prática, e às vezes, essa prática vem com um belo susto. Cuidado por aí!