Sabe quando a gente inventa uma moda, uma cisma que não sai da cabeça? Pois é, comigo foi essa história de arranjar um “nome ninja”. Não era pra nenhuma missão secreta de verdade, claro, mas eu queria um apelido, um nome de usuário pra internet que fosse, sei lá, mais bacana, que tivesse um ar misterioso, sabe? Cansei daqueles nomes que a gente coloca na pressa, tipo “fulano123” ou o nome do cachorro seguido do ano de nascimento. Queria algo com mais… impacto.
A saga pra achar um nome decente
No começo, achei que ia ser moleza. Pensei: “Ah, é só pegar umas palavras chave, tipo ‘sombra’, ‘noturno’, ‘silêncio’, misturar com algo que soe japonês e pronto!”. Ledo engano, meu amigo. A primeira leva de tentativas foi um desastre completo. Cada nome que eu criava parecia saído de um desenho animado ruim dos anos 90. Tentei coisas como:
- Sombra Veloz
- Katana Oculta
- Dragão Negro da Noite (esse foi o fundo do poço, confesso)
Tudo muito óbvio, muito caricato. Fora que, quando eu ia testar, quase tudo já estava em uso! Parecia que o mundo inteiro tinha tido a mesma ideia brilhante antes de mim. Frustrante é pouco.
Mergulhando de cabeça na “cultura ninja”
Aí eu pensei: “Não, pera. Se é pra ser um nome ninja, tem que ter mais profundidade”. Fui pesquisar. Li sobre a história dos ninjas, os clãs, as técnicas. Descobri que muitos nomes ou apelidos deles vinham de elementos da natureza, de habilidades específicas, ou até de características pessoais. Nada daquela coisa espalhafatosa que eu tava tentando criar.
Comecei a anotar palavras em japonês que tinham a ver com o que eu queria. Coisas como kage (sombra), kaze (vento), hayai (rápido), shinobi (que é ninja mesmo, né). Tentei combinar algumas. “Kagekaze”, por exemplo. Soava legal, mas ainda meio… forçado. Parecia que eu tava me esforçando demais pra ser descolado.
Gastei um bom tempo nisso, viu? Rabiscando em cadernos, falando sozinho, testando a sonoridade. Minha família já tava me olhando meio torto, tipo “esse aí pirou de vez com essa história de nome ninja”. E, pra ser sincero, às vezes nem eu entendia porque tava dedicando tanta energia pra algo aparentemente tão trivial.
A luz no fim do túnel (ou quase)
Depois de muito quebrar a cabeça, cheguei à conclusão que o segredo não era necessariamente usar palavras japonesas autênticas, mas sim capturar a essência. Um nome curto, talvez com uma sonoridade um pouco mais seca, enigmática. Algo que não entregasse tudo de bandeja.
Comecei a brincar com sílabas, com fonemas que me pareciam interessantes. Meio que fui “desconstruindo” as palavras que eu tinha pesquisado e montando coisas novas. Foi aí que surgiram umas opções mais promissoras. Nomes que não significavam nada literal, mas que tinham a “vibe” que eu buscava.
No fim das contas, acabei escolhendo um que era uma mistura de duas ideias que tive. Um nome curto, fácil de pronunciar, e que, pelo menos pra mim, soava como algo que um personagem discreto e eficiente usaria. Não vou falar qual é, porque aí perde a graça, né? Mas o importante é que finalmente fiquei satisfeito.
O mais engraçado dessa história toda? Depois de toda essa pesquisa, todo esse esforço, descobri que o nome que eu escolhi, por pura coincidência, lembrava um pouco o nome de um tipo de ferramenta antiga de jardinagem japonesa. Nada a ver com espionagem ou artes marciais! Ri sozinho quando descobri. Mas quer saber? Até que gostei dessa reviravolta. Deixou meu “nome ninja” ainda mais único e com uma história curiosa por trás.
Então é isso. Às vezes a gente se empenha numas coisas que parecem pequenas, mas o processo de buscar, de tentar, de errar e acertar, acaba sendo uma jornada interessante por si só. E no final, a gente sai com uma boa história pra contar e, quem sabe, um nome de usuário que não nos envergonha mais.
