Oi pessoal, tudo certo? Tava aqui pensando em compartilhar minhas últimas tentativas com esse tal de Método Marinho Soares. Vejo tanta gente falando sobre isso em todo canto, achei que precisava testar na marra pra ver se é mais um modismo ou se presta mesmo. Peguei a manhã livre de ontem e fui à luta, passo a passo.
Primeiro, confesso: comecei meio desconfiado. Peguei um caderno velho que tinha aqui só pra caso não desse em nada. Mas, seguindo o que dizem, o passo 1 é anotar tudinho que vem na mente, sem filtrar. Sentei na cozinha com um café e botei pra fora: preocupação com conta de luz, o cheiro de pão queimado ali do vizinho, a reunião chata de depois do almoço, até a unha que rachou semana passada. Parece bobeira, mas minha mente tava tipo uma pipoca estourando dentro de um microondas.
O passo 2 foi os tais 2 minutos de silêncio total, só ouvindo o ar gelado do ar-condicionado. Puta coisa esquisita, hein? Minha perna coçando, o barulho da geladeira ligando… quase desisti. Mas segurei firme olhando pro relógio mesmo, contando os segundos. Aos 1:50 eu já tava suando frio de tanto ficar quieto.
Aí veio o passo 3: riscar metade das coisas anotadas. Isso doeu. Separei as preocupações “que podem esperar” e simplesmente rabisquei metade do caderno com caneta vermelha. Aquela questão de promoção no trabalho que me assombra? Foi pro espaço. Achei que ficaria maluco, mas foi igual tirar pedra do sapato.
Depois disso, passo 4: fazer só UMA das coisas que sobraram, na hora. Escolhi ligar pra tia Marlene que tava guardando mágoa faz tempo. Nem planejei o que falar, só apertei a tecla verde. Não rolou abraço virtual nem milagre, mas saiu um “entendo como você se sentiu” natural pra caramba. Tia nem acreditou que eu tinha ligado só pra ouvir ela.
Por último, passo 5: não tocar no resto da lista até o dia seguinte. O caderno ficou jogado em cima da geladeira. E sabe o que é pior? Quando vi a lista hoje de manhã, metade das coisas nem importavam mais. A conta que eu achava que ia estourar tinha entrado sem eu ver no app. O cheiro de pão queimado sumiu. E aquela unha? Cortei na pressa no banho.
Confesso que terminei achando que ia ser só mais uma técnica de coach. Mas funcionou por um motivo besta: me obrigou a parar de pensar que tudo é prioridade. Quando você bota na lista e depois risca metade com força, o cérebro parece que acorda pra realidade. Não é magia, não é coisa de guru. É só um jeito duro de perceber que 80% do que a gente se estressa nem merece toda essa adrenalina.
Minha conclusão? Vale testar na marra mesmo quando tiver tudo indo errado. Pode parecer perda de tempo botar no papel coisas óbvias, mas quando você vê as palavras lá feitas de caneta, parece que tira o peso da mente. Amanhã vou fazer de novo. Mas já adianto: dessa vez escolho um caderno menos feio.