Cara, vou te contar como foi acelerar a moto lá em Interlagos. Sempre tive essa vontade, sabe? Ver aquelas corridas na TV é uma coisa, mas estar lá dentro… é outro nível.

A Preparação do Rolê
Primeiro, não sou piloto nem nada. Sou só um cara que gosta de moto. Vi que ia ter um evento lá, tipo um track day aberto pra galera amadora, e pensei: “Ah, quer saber? Vou tentar!”. Deu aquele frio na barriga só de decidir.
Minha moto é de rua mesmo, nada de especial pra corrida. Tive que dar um trato nela:
- Check geral: óleo, freio, corrente, essas coisas básicas pra não dar ruim lá na hora.
- Pneus: Dei uma olhada se estavam bons, calibragem certa.
- Equipamento: Peguei um macacão emprestado com um camarada, porque o meu equipamento é mais pra estrada. Capacete, luva e bota eu já tinha.
Na noite anterior, confesso, mal dormi. Fiquei imaginando como seria, se eu ia conseguir fazer as curvas, se ia passar vergonha. Mil coisas na cabeça.
O Grande Dia em Interlagos
Chegar lá no autódromo já foi uma emoção do caramba. Escutar o ronco das outras motos, ver aquela estrutura toda… é impressionante. Fui lá fazer a inscrição, assinar um monte de papel, aquela parte chata mas que tem que fazer. Depois teve o briefing, explicando as regras da pista, bandeiras, segurança. Importante prestar atenção pra não fazer besteira.
Aí chegou a hora de ir pra pista. Meu grupo foi chamado. Nossa… o coração foi a milhão.

Acelerando na Pista (ou tentando)
Entrar na pista pela primeira vez… Meu amigo, que sensação! A pista é larga, parece um tapete. A primeira reta, você estica o cabo, o vento na cara, o barulho do motor gritando. Mas aí vem a primeira curva, o famoso S do Senna. Na TV parece fácil, né? Na hora H, você freia muito, muito antes do que imaginava. E mesmo assim parece que vai passar reto!
Tinha gente muito rápida lá, uns caras que pareciam profissionais, passavam voando por mim. Mas também tinha uma galera mais no meu ritmo, só curtindo o rolê mesmo, aprendendo a pista. O objetivo não era ser o mais rápido, era sentir a moto, entender as curvas, e principalmente, não cair!
Errei traçado várias vezes, entrei cedo demais ou tarde demais nas curvas. Faz parte. O importante era manter a calma e a concentração. A sensação de inclinar a moto, sentir ela contornando a curva… não tem explicação. Mesmo sendo devagar comparado aos caras rápidos, pra mim foi incrível.
O traçado é longo, tem subida, descida, curva cega. Cansa pra caramba! Braço, perna, costas, fica tudo doendo. Mas a adrenalina é tanta que você nem liga muito na hora.
Fim da Brincadeira e a Sensação
Meu tempo na pista acabou. Saí exausto, pingando de suor dentro do macacão. Mas estava com um sorriso que não cabia no rosto. Foi uma experiência única, animal mesmo.

Valeu a pena? Cada segundo! Pisar em Interlagos pilotando minha própria moto, mesmo sendo um Zé Ninguém na velocidade, foi realizar um sonho. Não virei piloto, continuo sendo o mesmo cara de antes, mas com uma história massa pra contar e uma memória que vou guardar pra sempre.
Se você curte moto e tem essa vontade, se joga! Com segurança, claro. Mas a experiência é demais.