Hoje eu tava pensando num problema chato que toda equipe de vôlei enfrenta: como escolher aquele sistema de jogo que realmente encaixa? Na minha experiência recente com o time da academia, foi uma saga cheia de tentativa e erro. Vou contar tudinho como foi.

Comecei Tudo Errado
Na primeira semana, empolguei e tentei copiar o sistema da seleção brasileira direto. Resultado? Um desastre completo! Os mais novos não entendiam as rotações, o líbero ficou perdido e até o saque virou bagunça. Teve jogo que a gente tomou 12 pontos seguidos – vergonha total.
Fase da Gambiarra
Resolvi testar tudo que existe por aí:
- Experimentei o 4×2 com dois levantadores – virou zona porque nossos levantadores não tinham o mesmo estilo
- Tentei o 6×6 rodízio total – os meninos mais fracos viraram alvo do time adversário
- Até testei um 3×3 maluco que vi num vídeo – durou dois sets até o capitão quase me matar
Cada treino era uma nova frustração, e os jogadores começaram a reclamar que parecia aula de matemática.
Virada de Chave
Foi quando parei pra observar nosso time de verdade:

- A Clara levanta bem mas só de costas
- O Pedro é monstro no ataque mas não consegue receber
- A nossa recepção é inconsistente pra caramba
Foi aí que caiu a ficha: não adianta forçar sistema bonito se não combina com o que a gente tem.
O “Pequeno Milagre”
Criei um 5×1 modificado com algumas regras básicas:
- O líbero sempre cobre o Pedro na recepção
- Não fazemos ataque pela posição 1 nunca
- Nas bolas difíceis, a Clara só levanta pro Pedro mesmo
Parecia coisa de amador? Total. Mas funcionou! Ganhamos nosso primeiro amistoso depois de três meses. O negócio foi abraçar nossas limitações e transformar em regras claras.
No fim percebi que sistema ideal é que nem chinelo: se não confortável, não serve. Melhor um sistema feinho que funcione do que cópia chique que só dá dor de cabeça.