Pois é, galera, hoje vou contar pra vocês uma parada que sempre me encucou e que, um belo dia, resolvi investigar por conta própria: essa história de japoneses que viraram a casaca, ou melhor, vestiram o manto do Corinthians. Parece coisa de outro mundo, né? Mas é mais real do que a gente imagina.

O Início da Curiosidade
Tudo começou quando eu tava vendo uns vídeos antigos do Corinthians, daqueles bem raiz, e me deparei com umas imagens da torcida no Japão durante o Mundial de 2000, e depois em 2012 de novo. Fiquei pensando: como assim, tanto japonês torcendo pro Timão? Não era só descendente que mora aqui, tinha uma galera lá mesmo, olhinho puxado e tudo, vibrando que nem louco. Aquilo ficou martelando na minha cabeça.
Mão na Massa: A Investigação
Aí, decidi que ia fuçar isso. Primeiro, comecei do jeito mais óbvio: internet. Catei notícias, blogs, fóruns. Achei algumas coisas, mas tudo meio superficial, sabe? Eu queria entender a origem dessa paixão, o que levava um japonês, lá do outro lado do mundo, a se encantar por um time tão brasileiro, tão visceral como o Corinthians.
Percebi que só a internet não ia dar conta. Precisava de algo mais, de contato real. Lembrei que aqui em São Paulo, no bairro da Liberdade, a comunidade japonesa é muito forte. Pensei: “É lá que eu tenho que ir pra sentir o clima.”
Imersão e Primeiras Descobertas
Num sábado, dia de jogo do Corinthians, me mandei pra Liberdade. Fui andando pelas ruas, entrando em lojinhas, mercadinhos. A ideia era observar, ver se encontrava alguma camisa, algum sinal. E não é que comecei a achar? Umas bandeirinhas discretas, um chaveiro aqui, outro ali.
Entrei num barzinho que parecia mais tradicional. Pedi uma cerveja e comecei a puxar papo com o dono, um senhor japonês já com seus bons anos de Brasil. Perguntei, na cara dura mesmo, sobre o Corinthians. Ele abriu um sorrisão!

Ele me contou que muitos da geração dele, e até anteriores, que vieram pra cá, se apaixonaram pelo Corinthians pela garra, pela história de superação. Disse que o Corinthians era o “time do povo”, e muitos imigrantes se identificavam com essa luta.
Depois desse dia, comecei a frequentar mais a Liberdade em dias de jogos. Encontrei alguns grupos de descendentes que se reuniam pra assistir. Conversei com muitos deles. As histórias eram variadas:
- Alguns herdaram a paixão dos pais ou avós, que já tinham se tornado corintianos quando chegaram ao Brasil.
- Outros foram “contaminados” pelos amigos brasileiros na escola ou no trabalho.
- E tinha também aqueles que, mesmo nascidos no Japão e vindo mais tarde, se encantaram com a energia da torcida, com a Fiel.
Expandindo os Horizontes
Mas eu ainda tava com aquela pulga atrás da orelha sobre os japoneses lá do Japão mesmo. Voltei pra internet, mas agora com um foco diferente. Procurei por perfis de torcedores japoneses em redes sociais, páginas de torcidas organizadas do Corinthians no Japão – sim, elas existem!
Foi aí que a coisa ficou ainda mais interessante. Consegui trocar ideia com alguns deles, usando tradutor online, claro, porque meu japonês é zero. Eles me contaram que o Corinthians ficou muito famoso por lá depois das passagens de jogadores como Edílson Capetinha, Vampeta, e claro, o Sócrates nos anos 80, que teve uma breve passagem pelo futebol japonês antes, e depois com as conquistas dos Mundiais.
Muitos se impressionaram com a paixão da torcida que viajava para apoiar o time, mesmo do outro lado do mundo. Aquela invasão corintiana em 2012 foi um marco para eles. Viram que não era só um time de futebol, era um fenômeno social.
O Que Eu Aprendi com Tudo Isso
No final das contas, o que eu percebi é que o Corinthians tem uma capacidade incrível de quebrar barreiras. Não importa a língua, a cultura, a distância. A identificação com a raça, com a luta, com a origem popular do time fala mais alto.
Foi uma jornada bem legal essa de tentar entender os “japoneses que viraram Corinthians”. Mostrou que o futebol, e especialmente um clube com a mística do Timão, consegue criar laços inesperados e muito fortes. E o mais bacana foi ver que essa paixão é genuína, tanto nos descendentes aqui quanto nos japoneses lá na terra do sol nascente. É o poder do Coringão, não tem jeito!