Olha só, vou contar como essa parada do “Jamaica X” saiu do papel, foi uma luta desgraçada. Tava no meu quarto, vendo uns vídeos aleatórios na net, e do nada veio a ideia na cabeça: “e se eu misturasse aquela batida de reggae com uns tambores africanos doidas?”. Nem pensei duas vezes, peguei o violão velho encostado no canto e dei uns dedilhado.

A Fase da Enrolação
Aí veio aquela preguiça padrão, né? Fiquei uma semana só no “ah, amanhã eu gravo”. Até que um dia tava tomando café, meu fone estragou do nada. Meio que por pirraça, falei “chega de palhaçada” e:
- Arrumei a escova lá do beatbox velho que tava juntando poeira;
- Meti o dedo no teclado do PC pra pegar um programa de gravação grátis (o mais bugado que achei);
- Desliguei o wi-fi pra não cair na tentação de ver meme.
Aprendi na Marra
Cara, foi um parto. Apertei REC e travei na hora. Esqueci todo o ritmo. Na quinta tentativa, o microfõue apagou porque esqueci de botar na tomada. Fiquei puto da vida, jurei que ia desistir. Aí lembrei que tinha comprado uma caixa de energético na promoção – tomei dois num gole só e a coisa desenrolou:
- GRAVA 1: O baixo saiu mais desafinado que galo cantando de madrugada;
- GRAVA 7: Errei o refrão mas a batida ficou balançando legal;
- GRAVA 13: A vizinha bateu na parede (sinal que tava bom!).
A Cagada Que Virou Ouro
Quando fui ouvir a mixagem, percebi que tinha esquecido um filtro ligado. Tava com um ruído de fundo parecendo panelada de feijão queimando. Quase deletei tudo, mas meu irmão mais novo chegou, ouviu e soltou: “nossa, parece barulho de praia, combina com a música”. Fiquei tipo .
Mandei pros parceiro do bar. O dono botou no som sexta passada. Maluco, até o tiozão do chopp balançando a cabeça! É nóis. Moral da história: trabalho ruim com sorte é melhor que trabalho bom sem sorte nenhuma.
Só não sei o que fazer agora que o energético acabou…