Cara, outro dia tava vendo umas coisas na internet e me deparei com uns vídeos da Ingrid Oliveira saltando. Aqueles saltos ornamentais, sabe? Fiquei pensando na coragem que essa galera tem. Subir lá no alto, olhar pra baixo aquela piscina que parece minúscula, e se jogar… tem que ter muito treino e, sei lá, um parafuso a menos talvez?

Isso me fez lembrar de uma vez que eu cismei que queria aprender a dar um mortal pra trás na piscina. Não da plataforma alta, claro. Sou doido, mas nem tanto. Era da beirinha mesmo. Parecia fácil vendo os outros fazerem. Pensei: moleza!
Cheguei lá na piscina do clube, tomei coragem. Me posicionei. Respirei fundo. Aquele ritual todo pra parecer que eu sabia o que tava fazendo. Na hora H? Travei. Dei só um pulinho torto e caí de lado na água. Que vergonha, tinha uma galera olhando.
Mas sou teimoso. Fui tentando. Uma, duas, dez vezes. Teve uma hora que eu dei um impulso tão errado que bati as costas na água. Doeeeu! Saí da piscina parecendo um camarão, vermelho e ardendo.
A saga do mortal fajuto
Pensei em desistir, sério. Falei pra mim mesmo: “Pra quê isso? Deixa quieto, vai nadar que você ganha mais”. Mas aí fiquei com aquilo na cabeça. Voltei no outro dia. E no outro.
- Primeiro, tentei só pular e girar o corpo, sem me preocupar em cair de pé.
- Depois, comecei a tentar jogar as pernas com mais força.
- Aí veio a parte de encolher no ar.
Olha, não vou mentir. Nunca ficou perfeito. Saía uma coisa meio desengonçada, um semi-mortal, sei lá. Mas depois de muita tentativa e erro, e umas boas pancadas na água, consegui dar um giro completo e cair de um jeito que não doesse tanto. Já foi uma vitória!
Aí você vê a Ingrid Oliveira lá naquela altura toda, fazendo uns troços muito mais complicados, com uma pressão danada. Tem que respeitar muito. A gente aqui na vidinha real sofre pra fazer um negócio mil vezes mais simples. É tudo questão de muito, muito treino e talvez não ter medo de bater com as costas na água de vez em quando.
No fim das contas, mesmo meu mortal fajuto valeu a pena. Pela insistência, por não desistir na primeira dor ou vergonha. É isso aí, a gente vai tentando.