E aí, galera! Hoje vou contar pra vocês como foi essa minha aventura de tentar viver uns dias literalmente com o pé na areia em Arraial do Cabo. Sabe aquela vontade de largar tudo e só ouvir o barulho do mar? Então, era bem isso que eu tava buscando.

A saga pra encontrar o paraíso (quase) particular
Primeiro de tudo, arrumar as malas foi fácil. O complicado mesmo foi achar um cantinho que fosse de verdade “pé na areia” e que não me fizesse vender um rim. Porque, né, Arraial é lindo, mas na alta temporada, ou se você quer acordar e tropeçar no mar, prepare o bolso. Pesquisei um bocado, vi muita foto bonita que na real era cilada. Sabe como é, né? A gente quer aquela experiência autêntica, mas o que mais tem é promessa que não se cumpre.
Liguei pra um, mandei mensagem pra outro. Queria um lugar simples, sem muito luxo, mas que eu pudesse abrir a porta e já sentir a brisa do mar. Depois de muita busca, e quase desistindo pra pegar qualquer pousadinha mais pra dentro, achei um cantinho que parecia promissor. Não era resort chique, não, longe disso. Era mais uma casinha simples, daquelas que pescador aluga quando não tá usando, sabe?
Chegando e botando o plano em prática
Peguei a estrada. Aquela ansiedade gostosa de quem tá indo encontrar a paz. Chegando em Arraial, aquela muvuca de sempre perto da entrada da cidade, mas fui seguindo as dicas do dono da tal casinha. Estacionei o carro e, meus amigos, quando eu vi onde era… era aquilo mesmo! A porta dava pra um pequeno quintal de areia que terminava na praia. Não era uma praia badalada, era mais um recanto. Perfeito!
A primeira coisa que fiz? Joguei as tralhas pra dentro de qualquer jeito e corri pra água. Tirei o chinelo ali mesmo na “soleira” da porta e pronto. Missão “pé na areia” oficialmente iniciada.
A rotina que eu queria (e os pequenos perrengues)
Os dias seguintes foram basicamente uma delícia. Acordava com o barulho das ondas, fazia um café e tomava ali fora, olhando o mar. Às vezes uns barquinhos de pescadores passavam. Depois, era só caminhar uns metros e já tava com a água batendo no joelho.

- Manhãs: Caminhada na areia fofa, um mergulho pra despertar.
- Tardes: Ler um livro embaixo de um guarda-sol improvisado, cochilar, observar o movimento. Às vezes ia até a Praia dos Anjos pra comprar um peixe fresco e fazia na grelha improvisada que tinha lá.
- Noites: Céu estrelado, o som do mar constante. Simplicidade total.
Claro, nem tudo são flores, né? Teve dia que a maré subiu tanto que quase levou meu chinelo que esqueci pra fora. E mosquito? Ah, os mosquitos também gostam de “pé na areia”, pelo visto. E se quisesse algo diferente, tipo ir numa farmácia ou num mercado maior, tinha que pegar o carro e encarar o trânsito pra sair daquele meu refúgio. Mas era um preço pequeno a se pagar.
Uma coisa que notei: ficar assim, tão perto do mar, te desconecta de um jeito diferente. Não é só desligar o celular. É sentir o ritmo da natureza o tempo todo. A maré sobe, a maré desce. O sol nasce, o sol se põe. E você ali, no meio disso tudo.
O que eu aprendi com essa experiência
Olha, essa história de “pé na areia” em Arraial do Cabo, pra mim, foi mais do que só tirar umas férias na praia. Foi um exercício de desapego. Deixar de lado a correria, as preocupações bestas, e focar no simples. Não precisei de restaurante chique, nem de balada. A “festa” era o pôr do sol, a “música” era o mar.
Pra quem busca isso, eu digo: vale muito a pena. Mas tem que ir com o espírito certo. Não espere luxo, espere conexão. E se prepare pra improvisar. Leva repelente, um bom livro e a vontade de não fazer absolutamente nada de vez em quando.
No fim, voltei pra casa com a alma lavada e com a certeza de que a gente precisa de muito pouco pra ser feliz. E com bastante areia em tudo quanto é canto, claro, mas isso faz parte da graça!
