E aí, minha gente! Hoje eu vim compartilhar uma peleja daquelas, uma verdadeira saga que enfrentei com um tal de “Geremias 4”. Olha, vou te contar, pensei que ia ser fichinha, mas o bichinho me deu um baile daqueles.
Tudo começou quando resolvi botar pra funcionar um trambolho velho que tava encostado aqui em casa. Dei o apelido carinhoso de Geremias 4, porque já era a quarta vez que eu tentava ressuscitar o coitado. Pensei: “Agora vai! Já peguei o jeito”. Doce ilusão, meus amigos, doce ilusão.
No primeiro dia, cheio de gás, desmontei o Geremias 4 todinho. Peça pra cá, parafuso pra lá. Limpei tudo com um capricho que nem eu sabia que tinha. Achei que o problema era só sujeira acumulada. Montei de volta, todo confiante, e nada. O Geremias 4 continuava mais morto que defunto de sete dias.
Aí começou a minha via crucis. Foram dias e dias nessa luta. Eu chegava do trabalho e ia direto pro “cantinho da bagunça”, onde o Geremias 4 repousava, me desafiando com seu silêncio. A patroa já nem aguentava mais me ver com graxa até o cotovelo e aquela cara de quem tá tentando decifrar o mapa do tesouro.
Fiz uma lista mental de tudo que tentei, e olha que não foi pouca coisa:
- Troquei uns fios que pareciam suspeitos. Nada.
- Testei uma peça emprestada de um vizinho. Nada.
- Dei uns solavancos, usei a técnica do “jeitinho brasileiro”. Nada.
- Até rezei uma Ave Maria pro Geremias 4 pegar no tranco. E, claro, nada.
Teve um momento que eu sentei no chão, olhei praquela parafernália toda espalhada e pensei: “Desisto! Esse Geremias 4 me venceu.” Juro pra vocês, a vontade era de chutar tudo e nunca mais olhar pra cara dele. Bateu um desânimo forte, sabe?

Passei uns dois dias sem nem chegar perto do Geremias 4. Precisava esfriar a cabeça. Aí, numa noite, sem conseguir dormir direito, fiquei remoendo a situação. Lembrei de um detalhe bobo, uma coisinha que eu tinha ignorado lá no começo, achando que não era importante. Uma pecinha minúscula que parecia estar fora do lugar por um triz.
No dia seguinte, ainda meio descrente, fui lá conferir. Com a maior paciência do mundo, que eu nem sabia de onde tirei, ajustei a tal da pecinha. Era um negócio de milímetros, coisa de louco. Fechei tudo de novo, sem muita esperança, e apertei o botão.
E não é que o bendito do Geremias 4 deu um estalo e começou a funcionar? Primeiro engasgou um pouco, fez um barulho esquisito, mas depois pegou no tranco! Minha gente, vocês não imaginam a minha alegria. Parecia que eu tinha ganhado na loteria! Dei um grito que a vizinhança toda deve ter escutado.
Então é isso. O Geremias 4, depois de muita teimosia da parte dele – e da minha também –, resolveu colaborar. Não ficou perfeito, ainda dá uns tropeços de vez em quando, mas tá funcionando. E o mais importante foi a lição: às vezes a gente foca tanto no problema grande que esquece de olhar os pequenos detalhes. E, claro, que nunca se deve subestimar a capacidade de um trambolho velho de tirar a nossa paz!