Essa virada me lascou, mas aprendi na raça
Peguei voo de São Paulo pra Sydney direto, 14 horas no ar. Cheguei lá de dia, corpo achando que era 3 da manhã. Cara, foi desastre. Primeira reunião no dia seguinte, quase dormi na mesa. Minha cabeça parecia um balão de chumbo, visão embaçada, zero concentração.
Daí veio a mudança radical
Joguei no lixo meu costume brasileiro. Primeiro: sincronizei relógio do celular com horário australiano já dentro do avião. Quando anunciaram “jantar”, mesmo sendo 11 da manhã no Brasil, mandei ver. Mastiguei igual zumbi, mas comi.
Lista do que fiz na viagem:
- Não bebi uma gota de álcool, só água e suco
- A cada duas horas levantei pra esticar as pernas
- Forçei olhos abertos durante dia australiano, mesmo com sono
- Usei máscara de olho pra dormir quando anoiteceu lá
Chegando no hotel: não cometi a burrice de dormir. Fui andar no parque, tomar sol na cara. Corpo pedindo colchão, mas fiquei até as 8 da noite local acordado. Quando deitei, foi coma instantâneo – 10 horas direto.
Truques diários que salvaram minha pele
Primeira semana foi guerra. De manhã, 15 minutos na janela tomando sol com café. À tarde, quando bateu aquele cansaço lascado, saí pra caminhar rápido. À noite, cortei qualquer luz forte: TV só com brilho mínimo, celular no modo noturno.
Me alimentei em horários locais mesmo sem fome:
- Café da manhã australiano às 7h (17h no Brasil)
- Almoço às 13h (23h no Brasil)
- Janta leve até às 20h
Funcionou? Quase me transformei em australiano
No terceiro dia já não me sentia um zumbi. Na sexta-feira, acordo sem despertador às 6:30 locais. A maior vitória? Sábado acordei fresco, fui pra praia e não cochilei de dia. Agora até sonho em inglês australiano, tá louco!
Moral da história: teu corpo é teimoso, mas obedece se você der ordem clara. Sofri no começo? Óbvio. Valeu a pena? Demais. Nunca mais tomo remédio pra dormir em viagem longa.