Olha, vou te falar, esse tal de ‘fdgdfg’, quando pintou na minha área, eu já saquei que ia ser uma baita encrenca. Não era bem um nome de projeto chique, sabe? Mais parecia um código de erro daqueles bem obscuros que ninguém sabe o que significa.

Então, o que era esse ‘fdgdfg’ na prática? Basicamente, me passaram uma responsabilidade daquelas: um sistema antigo, daqueles que todo mundo tem medo de encostar, começou a apresentar uns comportamentos muito esquisitos, travando do nada, mostrando dados errados. E a tarefa de investigar e resolver essa bagunça foi batizada internamente de ‘Operação fdgdfg’. Haja criatividade pra nomear problema, né?
Aí começou a minha jornada. Primeiro passo: fui atrás de alguma documentação. Claro que não achei quase nada útil. Era um monte de código velho, um emaranhado de remendos feitos por diversas pessoas ao longo dos anos. Cada um com seu estilo, suas gambiarras. Um verdadeiro quebra-cabeça.
Eu me enfiei naquilo por dias a fio. Minha rotina virou um ciclo de:
- Analisar logs que mais confundiam do que ajudavam.
- Tentar rodar o sistema em modo de depuração, torcendo pra ele não explodir.
- Bater papo com o pessoal mais antigo da firma, que lembrava vagamente de “quando aquilo funcionava bem”.
- Beber litros e mais litros de café pra aguentar o tranco.
Sinceramente, teve momentos que a vontade era de chutar o balde. Eu pensava: ‘Isso aqui não tem conserto, é um caso perdido’. A frustração era grande, porque parecia que eu estava andando em círculos.
A Descoberta do Problema
Mas como a gente é brasileiro e não desiste fácil, continuei cavando. E não é que, depois de muito suor e algumas noites mal dormidas, eu finalmente encontrei a raiz do mal? Era uma configuraçãozinha escondida, uma linha de código alterada há tempos por alguém que, provavelmente, não tinha ideia do efeito cascata que aquilo ia causar lá na frente. Uma coisinha mínima, mas que bagunçava tudo.

O alívio de achar aquilo foi imenso, vocês não têm ideia. Corrigi a tal da configuração, fiz uma bateria de testes exaustiva pra garantir que tudo estava nos conformes. E, finalmente, o sistema voltou a respirar. A ‘Operação fdgdfg’ tinha chegado a um resultado positivo, pelo menos por enquanto.
Essa experiência toda com o ‘fdgdfg’ me fez refletir bastante, sabe? Sobre o tanto de “bombas-relógio” que existem por aí em sistemas legados. Coisas que são empurradas com a barriga, gambiarras que viram padrão, e uma hora a conta chega. Geralmente, na mão de quem menos espera.
Pra mim, a grande lição foi: antes de meter a mão em código que você não conhece, prepare o espírito. E se você desenvolve software, faça um favor a si mesmo e aos outros: documente o que você faz! Deixe comentários no código! Alguém no futuro, talvez até você mesmo daqui uns anos, vai te agradecer muito por isso.
No fim das contas, o ‘fdgdfg’ acabou virando uma espécie de lenda lá na equipe. Sempre que surge um abacaxi cabeludo pra descascar, alguém já manda: ‘Eita, lá vem mais um fdgdfg pra nossa conta’. Mas, falando sério, apesar de toda a dor de cabeça, foi um aprendizado e tanto sobre persistência. E o sistema problemático? Ah, ele continua lá, firme e forte, um verdadeiro Frankenstein esperando o próximo ‘fdgdfg’ aparecer pra alguém ter a sorte de investigar. Pelo menos a minha parte daquela vez eu fiz.