Aí, galera, beleza? Hoje eu vim aqui pra desabafar sobre uma parada que, olha, tira qualquer um do sério: a tal da “dor park”. Quem nunca, né? Aquela sensação de que o universo tá conspirando contra você na hora de achar uma vaguinha pro carro. É um troço que parece simples, mas vira um pesadelo rapidinho.

Eu mesmo já passei cada perrengue com isso que dá pra escrever um livro. Mas teve um dia, especificamente, que marcou. Sabe quando você tem AQUELE compromisso? Importante pra caramba, horário contado, tudo nos trinques? Pois é. Eu tava nessa situação. Já saí de casa com aquela pulga atrás da orelha, pensando “ih, estacionar lá vai ser osso”. Dito e feito.
Cheguei no local e o cenário era de guerra. Carro pra tudo quanto é lado, gente buzinando, uma confusão dos diabos. Comecei a minha peregrinação. Rodei uma, duas, três vezes o quarteirão. Nada. Parecia que as vagas tinham evaporado, sumido no ar. Comecei a suar frio, o relógio correndo e a paciência, ó, indo pro espaço.
Aí, num lampejo de esperança, vi um carro saindo. Aleluia! Engatei a seta, já me imaginando encaixando o possante ali, bonitinho. Que nada! Do além surge um apressadinho, fura a minha frente e CATAPIMBA! Leva a minha vaga na maior cara de pau. Cara, sério, naquele momento eu respirei fundo umas dez vezes pra não fazer besteira. A vontade era de sair do carro e ter uma conversinha “amigável”, sabe?
Depois de mais um tempão nessa busca implacável, já beirando o desespero total e pensando seriamente em largar o carro no meio da rua (brincadeira, tá?), achei um “lugar”. E eu coloco entre aspas porque, sinceramente, aquilo era um desafio à física. Um buraco minúsculo, espremido entre uma pilastra e outro carro que parecia ter sido abandonado ali desde a época dos dinossauros. Pra entrar foi um custo, precisei de umas cinquenta manobras. Pra sair do carro, então? Tive que fazer contorcionismo, quase deixei um pedaço da roupa preso na porta.
E o gran finale? O tal “lugarzinho” era a uns bons quarteirões de distância do meu compromisso. Resultado: cheguei atrasadíssimo, pingando de suor, com a camisa amassada e um humor de dar medo. Perdi metade da reunião importante e ainda tive que ouvir piadinha. Que beleza, né?

Essa tal de “dor park” não é só sobre achar um espaço físico pro carro. É sobre o tempo que a gente joga no lixo, o estresse que acumula, a raiva que sobe. Você já começa o seu dia, ou o seu compromisso, com o pé esquerdo, com a energia lá embaixo. Fora o medo constante, né? De voltar e ter uma multa de presente, ou pior, um risco novo na pintura. Quem nunca passou por essa aflição?
Minha cabeça, nessas horas, fica a milhão, pensando um monte de coisa:
- “Será que se eu deixar só por cinco minutinhos aqui, rapidinho, dá problema?”
- “Por que raios eu não pedi um carro de aplicativo ou vim de transporte público?”
- “Nunca mais na minha vida eu venho pra esse lugar de carro!”
- “Será que existe um curso pra aprender a ter paciência de Jó só pra estacionar?”
Enfim, essa é só uma das muitas histórias. No fundo, a gente aprende a lidar, a respirar fundo, a sair mais cedo de casa (quando lembra). Mas que é um desgaste, ah, isso é. É um tipo de provação moderna que todo motorista enfrenta. E a gente segue em frente, caçando vaga e torcendo pra não ser o próximo protagonista de um episódio de “dor park”. É mole?