Como eu comecei a estudar desenhos de rio
Cara, tava uma neura pra aprender a desenhar rios direito. Via uns desenhos maneiríssimos na internet, com aquelas águas parecendo de verdade, as pedras, a vegetação ao redor… e os meus? Parecia um ralador de queijo derretido. Tudo torto, sem profundidade, uma bagunça. Daí resolvi: “Hoje eu vou caçar curso online de graça pra aprender isso!”
Peguei o celular e entrei na fuça do Google. Joguei de tudo: “como desenhar rios fácil”, “aula desenho paisagem com rio grátis”, “técnicas para desenhar água”… Apareceu um monte! Alguns sites conhecidos, outros que eu nunca tinha visto na vida. Mas tava cheio de promessa, viu? “Curso completo”, “Aprenda em uma semana”, “Método infalível”. Mas e a parte GRÁTIS? Ah, essa era a pegada. Tinha que catar direito.
A caçada pelos cursos grátis
Fui abrindo tudo separado. Abria uma aba, clicava no link do curso. Primeiro obstáculo: cadastro. Quase todos pediam email e senha antes de mostrar qualquer coisa. “Pô, mas é de graça mesmo? Ou vão me encher o saco depois?” Fui criando uns emails descartáveis, ia na fé.
- Curso A: Só tinha um vídeo introdutório meia-boca, o resto era PLANO PAGO. Xabu total. Fechei na hora.
- Curso B: Até que tinha uns 3 vídeos! Mas o professor começou a falar uns termos técnicos complicados que travaram meu cérebro. Não era pra iniciante, como dizia.
- Curso C: O mais promissor! Vários módulos “desbloqueados”. Baixei o material em PDF, salvei os vídeos que abriram. Era sobre composição de paisagem aquática. Parecia simples, passo a passo.
Acabei achando mais dois parecidos com o C. Um focava só em textura da água, o outro em como colocar árvores e mato nas margens. Pronto, material de estudo: dois PDFs básicos e mais ou menos uns 8 vídeos curtos no total, tudo free. Nem tudo era perfeito, claro. Alguns vídeos tinham qualidade de batata, mas dava pra entender o processo.
Colocando a mão na massa (e no lápis)
Organizei tudo que tinha baixado. Peguei papel, lápis HB, borracha e o carvão que tava encostado. Resolvi começar pelo básico do básico, seguindo a ordem do primeiro curso que me pareceu lógico:
Primeiro, tentar captar a forma do rio no papel só com linhas simples. Risquei um monte de linha curva, tentando fazer elas fluírem. O PDF dizia pra pensar num “S” alongado ou em serpentinas. Não ficou horrível! Depois, parti pra tentar dar volume. O vídeo explicava sobre sombreamento básico pra mostrar onde o rio era mais fundo ou mais raso. Usei o carvão pra fazer umas manchas mais escuras no centro e deixar as beiradas clarinhas. Começou a ganhar forma!

O maior desafio mesmo era a água. Aquela sensação de movimento, os reflexos. Um dos vídeos mostrou uns truques com borracha: depois de escurecer algumas áreas, passava levemente a ponta da borracha para clarear traços e sugerir espumas ou luz batendo. Tentei. Na primeira vez ficou sujo, parecia erro. Na segunda, foi melhor. Era só não ter medo de testar. Copiei os exercícios dos PDFs, rabisquei margens com plantas simples como os exemplos mostravam. Nada detalhado, só pra entender o lugar de cada coisa.
O que valeu a pena e o que aprendi
A jornada foi cansativa, mas deu frutos. Os cursos “de gracinha” realmente têm limitações. Você precisa garimpar muito, e sempre vai faltar alguma coisa. Tem vídeo que te empolga e no fim pede pra comprar. Chato demais. Mas achei uns conteúdos muito úteis, viu? Principalmente:
- Entender o fluxo básico do rio na página (como desenhar aquelas curvas que parecem naturais).
- Uns macetes pra sombrear água com carvão ou lápis macio, criando profundidade.
- Técnicas bem básicas, mas eficientes, pra textura de água em movimento usando a borracha.
- Noções simples de composição: onde por árvores, pedras, pra não poluir o desenho.
Se você tá começando do zero igual eu tava, vale a pena essa caça pelos cursos online grátis! Não vai te transformar num expert do dia pra noite, claro. Mas te dá base suficiente pra praticar sem gastar um tostão. Eu to longe de fazer obras de arte, mas agora meus rios não parecem mais rachaduras no chão! É só ter paciência pra procurar, filtrar o que é bom, e praticar muito, muito mesmo. Não é perfeito, mas pra começar, já é um baita caminho!