Queria compartilhar como aprendi na prática essa parada de delegação em 7 níveis. Tudo começou quando quase surtei tentando fazer tudo sozinho na minha empresa – era reunião, cliente, papelada, até café tinha que fazer! Tava virando noite, puta confusão na cabeça.
Meu desespero inicial com microgerenciamento
Um dia me toquei: tava virando aquele chefe chato que todo mundo odeia. Chegava no escritório e já metia o dedo em tudo: “Fulano, assim não tá bom”, “Ciclano, deixa que eu faço”. Até que meu melhor funcionário veio pedir demissão na cara dura. Disse que eu não deixava ninguém respirar. Fiquei tipo um bobo ali na hora.
Como descobri os 7 níveis
Na madrugada seguinte, fuçando na internet atrás de soluções, achei um artigo sobre esses tais níveis. Achei estranhão:
- Nível 1: você manda a pessoa esperar ordens
- Nível 2: você pergunta “vai me relatar tudo?”
- Nível 3: você quer saber antes de agir
- Nível 4: você pede pra pessoa te avisar o que fez
- Nível 5: só pede o resultado final
- Nível 6: deixa completamente solto
- Nível 7: nem precisa existir sua função ali
Parecia papo de autoajuda empresarial, mas resolvi testar.
Minha experiência aplicando na prática
Comecei devagar com meu estagiário. Antes eu era nível 2: “Zé, vai comprar café? Traz nota, pergunta o preço, me avisa quanto custou”. Aí mudei pro nível 4: “Zé, precisa comprar café toda segunda. Me manda só o comprovante depois”. O mlk achou que eu tava doido no começo.
Com a minha gerente de projetos, ouseeei mais. Ela sempre vinha perguntando cada detalhe. Passei pro nível 5: “Márcia, entrega o relatório mensal até dia 5. Não preciso saber como você faz”. A mulher surtou: “Mas você não quer acompanhar?”. Disse que confiava e pronto.
Os resultados que apareceram
Primeiro mês foi puro caos:
- Zé esqueceu o café duas vezes
- A Márcia errou o formato do relatório
- O cliente reclamou de um serviço que ninguém monitorou
Quase voltei atrás, mas resolvi continuar dando treinamento.
Depois de três meses, começou a mágica:
- Zé arrumou um fornecedor melhor de café e ainda pediu desconto
- A Márcia criou um novo modelo de relatório mais rápido
- Eu ganhei 15 horas livres por semana
Meu estresse baixou pela metade. Descobri que minha função só ficava pesada porque eu deixava.
A grande lição que aprendi
A melhor parte não foi o tempo livre. Foi ver o pessoal crescendo. Zé virou assistente administrativo. Márcia assumiu toda a área financeira. Hoje praticamente todos estão no nível 6. Eu tô tentando chegar no 7 – meio que ainda fico de olho no WhatsApp depois do expediente. Velhos hábitos são duros de matar, né?
