E aí, pessoal! Beleza? Hoje vou contar uma parada que aconteceu comigo um tempo atrás, uma verdadeira aventura pra acompanhar o tal do sub 17 carioca. Não é moleza, não, viu?

A Vontade de Ver Futebol Raiz
Então, tava eu em casa, coçando o saco, pensando no que fazer. Sabe quando bate aquela vontade de ver um futebol de verdade, sem frescura, com a molecada dando o sangue em campo? Pois é, me deu essa coceira. Decidi que queria ver um jogo do sub 17 aqui do Rio. Pensei: “Ah, deve ser fácil achar informação, né?”. Doce ilusão, meu camarada.
A Saga pra Achar Informação
Comecei minha jornada. Abri o computador, fui fuçar na internet. Procurei em tudo quanto é canto: site de federação, rede social de clube pequeno, blog de torcedor. E nada! Ou quase nada. Uma informação aqui, outra totalmente desencontrada ali. Parecia que os jogos eram segredo de estado. Fiquei pensando: “Como pode, né? Uma cidade que respira futebol e é um parto pra achar um simples jogo da base?”. Gastei um bom tempo nessa função, quase desisti.
Liguei pra uns conhecidos que manjam mais ou menos de futebol de várzea, futebol de base, essas coisas. Um me disse uma coisa, outro disse outra. Maior confusão! Mas aí, depois de muito penar, um amigo de um amigo soltou uma informação que parecia quente: “Ó, vai ter um jogo do time X contra o Y, lá no campo tal, sábado de manhã”. Não botava muita fé, mas era a única pista mais concreta que eu tinha. Agarrei com unhas e dentes.
O Dia do Jogo: A Realidade Nua e Crua
Chegou o sábado. Acordei cedo, peguei o busão e fui na direção do tal campo. Desci num lugar que mal conhecia, andei pra caramba debaixo de um solzinho já chato. Quando finalmente cheguei, vi que o negócio era bem… rústico. Esquece glamour, esquece estrutura de time grande.
- O campo era simples, grama irregular em algumas partes.
- A arquibancada era improvisada, uma galera em pé na beira do alambrado.
- Não tinha placar eletrônico, o jeito era perguntar pra quem tava do lado quanto tava o jogo.
Mas quer saber? Aquilo tinha um charme. A torcida era pequena, mas barulhenta pra caramba. Pais, amigos, uns poucos curiosos como eu. Gritavam, xingavam o juiz, incentivavam os garotos. Era uma paixão genuína ali.

E os moleques em campo? Ah, esses corriam que nem uns malucos. Dava pra ver a vontade nos olhos de cada um. Erravam passes, perdiam gols feitos, mas a entrega era total. Teve um garoto, um meia franzino do time da casa, que me chamou a atenção. Ele pegava a bola e partia pra cima, driblava um, dois, enfiava umas bolas boas. Fiquei ali observando, pensando em quantos talentos assim ficam pelo caminho por falta de oportunidade ou estrutura.
O jogo em si foi disputado, pegado. Teve gol, teve defesa difícil do goleiro, teve até uma pequena confusão perto do banco, coisa normal de jogo quente. O juizão, coitado, apitava no gogó, sem ajuda de VAR nem nada. Era futebol à moda antiga.
Valeu a Pena?
Saí de lá cansado, suado, mas com uma sensação boa. Tinha visto futebol de verdade, sem maquiagem. Claro que a gente sempre espera que a organização melhore, que a informação seja mais acessível, que esses meninos tenham condições melhores pra mostrar o talento deles. Ainda é muito difícil acompanhar de perto essa categoria.
Mas, no fim das contas, ver aquela molecada batalhando, sonhando em ser jogador, correndo atrás de cada bola como se fosse a última, isso aí não tem preço. Minha saga pra achar e assistir aquele jogo do sub 17 carioca valeu cada perrengue. Deu pra matar a saudade de um futebol mais puro. E fica a torcida pra que um dia seja mais fácil pra gente apoiar esses futuros craques.