E aí, pessoal! Hoje eu tô aqui pra contar uma história, uma saga minha, de quando eu meti na cabeça que ia organizar um tal de “desafio dos campeões nacionais”. Claro que não era nada oficial, né? Era mais uma ideia maluca pra agitar a galera aqui do bairro, os times de fim de semana.
Tudo começou numa daquelas resenhas pós-futebol no domingo. A gente vendo os jogos na TV, aquela coisa toda de campeonato nacional, e eu pensei: “Pô, a gente podia fazer um negócio assim aqui, né? Juntar os melhores times da várzea da região”. Parecia uma boa ideia na hora, com todo mundo animado ali no bar.
O primeiro passo foi sair falando com os responsáveis pelos times que eu conhecia. Rapaz, foi cada conversa… Tinha time que se achava o Real Madrid, outro que só queria jogar se fosse em campo de grama sintética novinha. Negociar com essa turma já foi o primeiro desafio. Parecia que eu tava lidando com profissional, sô!
Depois veio a parte chata de verdade: achar lugar e data. Campo bom pra alugar é caro e disputado. Tentei uns campos públicos, mas a burocracia… nossa senhora! Papelada, pedido, espera. Desisti logo. Tive que ir atrás dos particulares mesmo. Aí o dinheiro começou a ser problema.
Os perrengues na prática
Olha, não foi fácil. A lista de problemas só crescia:
- Grana curta: Tentei fazer vaquinha, buscar um patrocínio na padaria da esquina, mas não rolou muito. O orçamento era apertado demais.
- Conflito de agenda: Marcar jogo que agradasse todo mundo? Missão impossível. Sempre tinha um time que não podia no dia X ou horário Y.
- Desistências: Alguns times que tinham confirmado pularam fora na última hora. Deixaram a gente na mão. Maior sacanagem.
- Regulamento: Até pra definir regra simples, tipo quantos jogadores podiam ficar no banco, dava discussão. Haja paciência!
No fim, o tal “desafio dos campeões nacionais” virou mais um “torneio amistoso da vizinhança”. Conseguimos juntar uns quatro times num sábado à tarde, num campo mais ou menos. Foi na raça mesmo. Eu tive que apitar um jogo porque o juiz que consegui de favor atrasou.

Teve jogo pegado, teve gol bonito, teve discussão com juiz (eu, no caso), teve churrasquinho depois. Não foi o evento gigantesco que eu sonhei, longe disso. Foi pequeno, cheio de improviso, bem na base do “vamo que vamo”.
Mas quer saber? Vendo a galera reunida, dando risada depois dos jogos, mesmo com todos os perrengues… valeu a pena. Deu um trabalho gigantesco, quase me deixou maluco, mas a experiência de tentar fazer acontecer, de juntar o pessoal por causa do futebol, foi legal pra caramba.
O que ficou disso tudo?
Aprendi na marra que organizar qualquer coisinha exige um esforço danado. Tem que ter jogo de cintura, paciência de Jó e, se possível, um pouquinho de dinheiro no bolso ajuda. Não virei nenhum cartola famoso, mas pelo menos rendeu história pra contar e a certeza de que a paixão pelo futebolzinho do fim de semana move montanhas… ou pelo menos junta uns amigos pra bater uma bola e tomar uma cerveja depois. E isso, meus amigos, já é uma vitória!