E aí, pessoal! Hoje eu quero contar um pouco sobre como me meti numa aventura que chamo de “aereos surf”. Sinceramente, nem sei se esse termo existe de verdade, mas foi o apelido que dei pra minha saga de tentar capturar imagens de surf usando um drone. Foi uma jornada, viu?

Tudo começou quando eu vi uns vídeos na internet. Sabe aquelas imagens aéreas espetaculares, mostrando a imensidão do mar e os surfistas deslizando nas ondas de um ângulo totalmente diferente? Fiquei maluco com aquilo. Pensei cá comigo: preciso experimentar isso. A ideia de ver o surf lá de cima, como um pássaro, me pegou de jeito.
O primeiro passo, claro, foi arranjar um drone. Rapaz, que trabalheira! Pesquisei bastante, comparei modelos, olhei os preços (e tomei uns sustos!). Como era iniciante e o medo de fazer besteira era grande, optei por um modelo mais básico. Pelo menos se eu derrubasse na água logo de cara, o prejuízo não seria tão doloroso. Comprei o bichinho e fiquei igual criança com brinquedo novo.
Depois veio a fase de aprender a pilotar. Olha, não é tão simples quanto parece nos vídeos não. Comecei treinando no quintal de casa mesmo. Desvia daqui, desvia dali, quase acertei a árvore umas cinco vezes, o cachorro latiu pra caramba… Foi uma comédia. Meu maior pavor era levar ele pra praia e, sei lá, o vento levar ou eu mesmo derrubar na água salgada. Adeus drone!
Os Primeiros Voos na Praia e os Perrengues
Quando me senti um pouquinho mais confiante, tomei coragem e fui pra praia. Aí o negócio complicou de verdade. Pilotar com vento é outra história! Além disso, tinha o sol batendo na tela do celular que eu usava pra ver a imagem, mal dava pra enxergar. E a distância? O surfista tá lá longe, o drone tem que acompanhar…
Minhas primeiras tentativas foram um fiasco total. Sério mesmo. Teve voo que eu mais filmei areia e o voo das gaivotas do que qualquer outra coisa. O surfista ia pra direita, eu mandava o drone pra esquerda. Era frustrante.

Enfrentei vários desafios no começo:
- O vento forte querendo levar o drone embora.
- A bateria que parecia acabar sempre na melhor hora.
- O reflexo do sol na tela que me deixava cego.
- A dificuldade de manter o surfista no quadro e focado.
- O medo constante de voar muito baixo e dar um mergulho inesperado.
Pegando o Jeito da Coisa
Mas sabe como é, né? A gente insiste. Fui praticando, voando mais vezes, errando menos (ou errando diferente, pelo menos!). Comecei a entender melhor a direção do vento, a escolher melhor a hora de decolar, a antecipar o movimento do surfista na onda. Conversei muito com amigos que surfam, pra sacar a dinâmica deles na água, onde a onda costuma quebrar melhor, essas paradas. Isso fez uma diferença enorme.
Também passei a me preocupar mais com a segurança e o respeito. Voar mais afastado das pessoas na areia, não invadir a privacidade de ninguém, não ser aquele cara chato com um zumbido voador atrapalhando o rolê dos outros. Isso é fundamental.
E aí, aos poucos, a mágica começou a acontecer. Começaram a sair umas imagens que me deixaram realmente feliz. Sabe, aquela filmagem que pega o tubo lá de cima? Ou o cara fazendo uma manobra e você consegue capturar o movimento todo, com a beleza da onda e do mar ao redor? Cara, a sensação é boa demais! Ver o resultado depois, aquele ângulo único, a força do mar… É viciante.
Pra mim, o tal “aereos surf” virou isso: uma forma diferente de apreciar a beleza do surf e do oceano. Mostrar aquela conexão do surfista com a natureza de um ponto de vista privilegiado.

Hoje, sempre que o tempo permite e estou na praia, levo meu drone. Continuo aprendendo a cada voo. Não sou nenhum profissional, faço por puro prazer, como hobby mesmo. Mas essa brincadeira me abriu os olhos pra uma nova perspectiva do mar. E cada decolagem é uma nova história pra contar.