Quando percebi que gastava horas conversando com gente chata no trabalho, decidi criar um sistema. Não aguentava mais perder tempo com fofocas ou assuntos irrelevantes.

A Primeira Tentativa: Fuga Básica
Comecei tentando escapar fisicamente. Quando via o Paulo do RH vindo com aquela cara de “vou te enrolar”, virava as costas fingindo atender o telefone. Funcionou duas vezes, até ele me pegar no corredor sem celular na mão. Que vergonha!
A Tática dos Acessórios
Comprei um fone enorme de estúdio. Colocava no pescoço mesmo sem música, acenava educadamente e andava rápido como se tivesse urgência. Mas aí surgiram problemas:
- Minha chefe reclamou que parecia antiprofissional
- O pessoal começou a mandar mensagem no Teams mesmo vendo o fone
- Esbarrei num vaso da recepção fugindo do Carlos do Marketing
O Método Definitivo
Depois de tomar um café indesejado com três colegas chatos num dia, criei meu sistema em 4 passos:
- Antecipe rotas – Mapeei os caminhos que os encrenqueiros fazem entre 9h e 11h
- Crie barreiras visuais – Posicionei plantas e arquivos em pontos estratégicos do meu cubículo
- Domine a pausa estratégica – Quando alguém vem falar, paro no meio do movimento, olho pro relógio e solto um “Caramba!” antes que abram a boca
- Tutorial caseiro – Imprimi instruções pra aprender a trocar toner da impressora e deixo sempre à vista quando quero evitar alguém
O Resultado Inesperado
Ao longo desse processo, descobri que o pior não era o povo falante, era minha dificuldade em dizer “não posso agora”. Essa jornada toda me rendeu uma oferta de gerência porque começaram a me achar “ultrafocado”. O irônico é que agora tenho mais reuniões chatas do que antes!