Como tudo começou com a camisa da Inglaterra
Lembro direitinho… tava assistindo um jogo da Inglaterra, acho que era Copa do Mundo, não lembro mais qual ano. Aquela camisa branca, simples, com o escudo dos três leões, me chamou a atenção. Não sei explicar, achei bonita demais.
Na hora pensei: “preciso de uma dessa”. Sabe como é, né? Coisa de fã de futebol. Fiquei com aquilo na cabeça martelando por dias.
A caçada pela camisa
Primeiro, fui dar uma olhada na internet. Nossa, quanta opção! Tinha a de jogo, a de torcedor, modelo antigo, modelo novo, a vermelha também… Fiquei meio perdido, pra ser sincero. E os preços? Cada um mais diferente que o outro, uma loucura.
Decidi que queria ver ao vivo, pegar no tecido, sentir como era. Fui nuns shoppings aqui perto, entrei em algumas lojas de esporte. Demorei um pouco pra achar, viu? Numa loja tinha, mas era só tamanho de criança. Putz. Na outra, só tinham aquela versão caríssima, igualzinha a dos jogadores, sabe? Não era bem o que eu queria pro bolso naquele momento.
Depois de umas duas semanas nessa busca meio sem compromisso, achei uma num canto de uma loja maior. Era o modelo de torcedor, branquinha, do jeito que eu tinha imaginado. Tinha meu tamanho lá, dando sopa.
A compra e as primeiras impressões
Pedi pra provar lá na hora mesmo. O tamanho ficou certinho, nem apertado demais, nem sobrando muito pano. O tecido pareceu bom, sabe? Daqueles que a gente sente que vai durar um tempo. O preço não era nenhuma barganha, mas também não era um absurdo completo. Pensei rápido: “ah, vai ser essa mesmo”. Fui pro caixa e levei pra casa todo contente.
Cheguei em casa e a primeira coisa foi vestir de novo. Fiquei me olhando no espelho, me sentindo o próprio jogador inglês, pronto pra bater um escanteio, haha. Brincadeira. Mas a sensação de ter algo que você queria era boa.
Usando a camisa por aí
Usei bastante essa camisa, viu? Pra assistir jogo em casa, claro. Pra encontrar os amigos no barzinho e secar os times deles na Premier League. Até pra jogar um futebolzinho no fim de semana, quando o calor não era tanto.
Lembro bem de um dia, acho que foi na final da Eurocopa, aquela contra a Itália. Vesti a camisa, óbvio. Sofri que nem um condenado naquele jogo, gritei no gol, depois fiquei bem chateado com a derrota nos pênaltis… mas faz parte do futebol, né? A camisa tava lá comigo, “vivendo” aquele momento tenso.
- Era até engraçado, porque vira e mexe alguém na rua soltava um: “E aí, firme na torcida pela Inglaterra?”
- Outros só davam aquela olhada de canto, talvez achando meio estranho um brasileiro com a camisa da seleção inglesa.
- Mas, pra ser honesto, a maioria nem reparava, era só mais uma camisa de time no meio de tantas outras.
Hoje em dia
Ainda tenho ela aqui, guardadinha no armário. Já não tá com cara de nova, lógico. O branco já deu uma amarelada de leve, tem umas bolinhas no tecido de tanto lavar e usar. Mas tá inteira, firme e forte.
Não uso mais toda hora como antes, confesso. Mas de vez em quando, se tem um jogo importante deles passando, ou só pra ficar de bobeira em casa mesmo, eu pego ela pra vestir.
É curioso pensar como um simples pedaço de pano pode carregar umas memórias, né? Às vezes nem é pelo time em si, mas pelos momentos que a gente passou enquanto estava usando aquela roupa.