Olha, esses dias me peguei pensando: por que meu trabalho tá ficando cada vez mais bagunçado? Sempre atrasando prazos, esquecendo detalhes importantes, aquela sensação chata de estar fazendo tudo pela metade. Até que descobri que isso tem nome – antiprofissionalismo – e decidi meter a mão na massa pra mudar.

A ficha caiu numa terça-feira feia
Lembro que era um dia daqueles que tudo dá errado: acordei atrasado, café entornou no teclado novo, e pra piorar esqueci totalmente de enviar o relatório pro cliente até as 16h. Quando o chefe me cobrou no grupo, fiquei vermelho igual pimenta madura. Na hora do almoço, engoli o sanduíche pensando: “tá impossível continuar assim, preciso de um jeito de virar esse jogo”.
Minha operação desespero começou assim:
- Limpei essa bagunça digital primeiro: deletei 90% das abas abertas no navegador, desativei notificações de WhatsApp e Instagram durante o expediente, e botei o celular em modo avião quando precisava focar.
- Criei uma planilha burra: anotei TUDO que precisava fazer na semana, desde “responder e-mail da Ana” até “reunião com estoque às 15h”. Coloquei alarmes no celular 30 minutos antes de cada compromisso importante.
- Mudei meu cantinho de trabalho: tirei aquele monte de papel acumulado, arrumei os cabos que parecem ninho de rato e comprei um abajur decente. Até botei uma plantinha na mesa que minha vizinha me deu.
No começo foi difícil pra cacete, viu? No segundo dia quase morri de vontade de ver as mensagens do grupo da família. Mas segurei a onda dizendo pra mim mesmo: “só depois das 18h, firmeza!”. Aos poucos fui pegando o ritmo.
A grande sacada veio na semana seguinte
Quando meu chefe pediu um relatório complicado, em vez de deixar pra última hora igual sempre fiz, eu:
- Quebrei o bicho em 4 partes pequenas
- Fiz um pedaço por dia
- Revisava rápido enquanto tomava café
Surpreendentemente, entreguei dois dias antes do prazo! O velho até esfregou os olhos quando viu o e-mail, pensou que era spam. Essa vitória besta me deu um gás do caramba.
O que mudou de verdade:
Hoje, três meses depois, consigo ver a diferença no dia a dia:

- Tô dormindo melhor porque não fico rolando na cama pensando no que esqueci
- Meu cérebro parece mais leve sem tanta notificação pipocando
- Até meu café da tarde rende mais sem a pilha de papel sujo em cima da mesa
Não virei robô superprodutivo nem nada – semana passada ainda perdi uma ligação importante porque bati o dedão na quina da cama. Mas a diferença é que agora quando erro, sei exatamente onde pispei na bola e consigo consertar rápido. Melhor que ficar nesse looping eterno de trabalho meia-boca, né?