Tudo começou quando resolvi aprender vôlei de praia pra valer. Meu amigo tinha marcado um rolê na praia e eu tava cansado de sempre ficar só rebatendo a bola igual um bobo. Queria jogar de verdade.

Meu primeiro dia foi triste
Cheguei todo animado na areia achando que era só bater na bola. Que engano gigante. A bola tava escapando dos meus braços, minhas pernas enterravam na areia e o sol castigava demais. Até pra dar um saque básico, a bola ia direto pra rede ou passava longe do outro lado. Os caras experientes olhavam com pena.
Aí entendi que precisava focar no básico
Peguei um amigo que joga há anos e pedi: “Me ensina o essencial pra ontem!”. Ele falou três coisas que mudaram tudo:
- Posicionar os pés ANTES da bola chegar: Na areia, se você não tiver com os pés firmes e abaixados, esquece. Comecei a andar rápido e parar em posição antes de cada rebatida.
- Braços colados como cola: Juntei os antebraços com força, deixando eles retos e duros. Parecia um tronco de árvore. Isso fez a bola parar de fugir pra todo lado.
- O pulo é mentira: Pra bloquear, achava que precisava pular alto. Errado! O segredo é esticar os braços pra cima no tempo certo, com os pés quase saindo do chão. Economiza energia pra aguentar o dia todo.
Treino escravo todo santo dia
Passei duas semanas inteiras repetindo até cansar:
- Saque: Marquei um ponto na areia e ficava tentando acertar ali 50 vezes seguida. Nos primeiros dias, acertava umas 10 só. Mas fui pegando o jeito do movimento do braço.
- Recepção: Fazia meu amigo jogar a bola de lugares diferentes enquanto eu gritava “PÉS! BRAÇOS!”. Parecia um doido, mas funcionava.
- Levantamento: Isso foi o mais difícil. Treinava jogando a bola pro alto e tentando acertar sempre no mesmo ponto com as pontas dos dedos. Minhas unhas ficaram todas ferradas, vale cada dedo doendo.
Quando tudo começou a clicar
Depois de 15 dias nesse inferno, fui jogar com o pessoal de novo. CARAMBA, que diferença! Conseguia receber sem deixar a bola voar pro mar, fazer levantamentos que dava pra atacar e até bloqueei duas bolas! Claro, ainda errei uns saques e tomei uns aces, mas pela primeira vez senti que tava jogando de verdade, não só correndo atrás da bola.
Aprendi que o truque é não pular etapas. Foca no essencial até virar automático, aceita que vai fazer feio no começo e repete, repete, repete. Agora toda semana tô na areia, e cada jogo eu aprendo um pouco mais. Vôlei de praia vicia demais!